O brasileiro, como bom consumidor de café que é – 98% da nossa população bebe ao menos uma xícara de café em alguma hora do dia – precisa de informações confiáveis do mercado e da qualidade do produto que consome. Por isso, de alguns anos para cá, a Associação Brasileira da Indústria de Café iniciou um programa que sistematiza a qualidade do café para, entre outras coisas, informar de um jeito simples para o consumidor.
Foi uma decisão que marcou a indústria do café.
Por muito tempo, muitas empresas aproveitavam a falta de informação para comercializar café de baixíssima qualidade.
Veja bem: a olho nu, ninguém consegue tirar conclusões sobre qualidade de um pó de café da mesma forma que pode ver se uma fruta comercializada em um supermercado está boa ou não.
Pelo fato do café passar pelo processo de torrefação e ser moído logo após, a visibilidade dos defeitos se perde e, assim, se torna um alvo fácil de produtores de má fé que, para reduzir preços sem perder os altos lucros, passam a usar grãos defeituosos e até outras impurezas em seu blend.
Esse comportamento era tão comum no Brasil que o café super amargo passou a ser reconhecido como o sabor natural do café. Porém, amargor exagerado é reflexo de defeitos e de café de má qualidade.
Com o tempo, o consumidor, cada vez mais informado, passou a confiar menos no café brasileiro. Atenta à essa mudança de percepção, a ABIC criou programa de qualidade do café com o objetivo de informar qual é a marca de real qualidade e devolver ao mercado brasileiro a confiança de seu próprio público.
A ABIC, com sua auditoria, passou a distribuir selos para as marcas de café com o mínimo de qualidade aceitável. Mínimo de qualidade, no caso, é um café comercializado sem impurezas e cuja ficha técnica seja condizente com a realidade
A qualidade mínima, porém, querendo ou não, é apenas mínima. E existem diversas outras marcas de café que trabalham com a máxima qualidade. Não dá para por todos eles no mesmo balaio. Por isso, resolveu-se dividir o café de qualidade em três grupos: TRADICIONAL, SUPERIOR E GOURMET.
CAFÉ TRADICIONAL
Os cafés classificados como tradicionais são aqueles que tem o mínimo de qualidade aceitável. Além da pureza, esses cafés apresentam defeitos em até 20% do seu blend. Ou seja, um quinto do café embalado pode conter grãos verdes ou que ficaram maduros demais.
Todos os cafés submetidos à audição da ABIC são enviados para vários provadores que fazem a análise sensorial. Eles dão notas e se a pontuação for entre 4,5 e 6 a marca pode ganhar o selo de qualidade tradicional.
CAFÉ SUPERIOR
Pureza e adequação da ficha técnica são normas obrigatórias de qualquer bom café. O que diferencia o superior de um tradicional é a pontuação de qualidade e a presença defeitos no blend.
Os café classificados como superiores apresentam só 10% de grãos defeituosos e recebem o total entre 6,0 e 7,3 em relação à pontuação global. Isso significa um café com a qualidade melhor que a do tradicional e com maior valor agregado.
CAFÉ GOURMET
Já o café gourmet, não tem defeitos. Para ser gourmet de verdade, o café comercializado não pode apresentar nenhum grão com problemas. O blend apresenta apenas café da melhor qualidade possível: todos os grãos colhidos na hora certa. Por isso que a qualidade geral testada pelos provadores atingem médias altas, maiores que 7,3.
Fonte:
http://www.franquiavillacafe.com/#!Tradicional-Superior-ou-Gourmet-Qual-%C3%A9-a-diferen%C3%A7a/cj25/288C1EAA-1950-4375-A19C-325CCE8FB15A
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