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quarta-feira, 12 de junho de 2024

ETIÓPIA – O BERÇO DO CAFÉ E DAS COLONIZAÇÕES

País é o berço do café, com diversas histórias e lendas.



Não poderia falar sobre café e não citar a Etiópia, onde tudo começou. Todos que trabalham com café e são interessados pelo assunto conhecem bem a lenda de Kaldi. Mito ou não, é fato que o café saiu de solos etíopes para conquistar o mundo. Existem teorias que as saída dos grãos se deu por meio do comércio de escravos, que estava bem ativo na época. Provavelmente o café acabou sendo levado para a Arábia por navios negreiros e, com isso, o processo de “globalização” da planta começou.

Registros indicam que a primeira vez que o café foi consumido como alimento foi pela tribo Oromos (Etiópia), que existe até hoje. Eles pegavam os grãos crus, cozinhavam na gordura e faziam uma bola do tamanho da de beisebol que comiam como um tipo de petisco. O café, que é fruto nativo da Etiópia-Áfricando, é assunto muito sério para os etíopes. Beber o café vai além da sociabilização ou prazer da bebida, trata-se de um ritual bastante respeitado e valorizado.

A Etiópia foi uma nação muito rica e próspera. Na Antiguidade, estabeleceu estreitas relações com o Egito e era principal rota comercial do Nilo. Portanto, recebia tributos de diversos Estados da Península Arábica e ainda conquistou o reino meroítico de Kush, o atual Sudão.

De uma nação rica, a Etiópia se transformou num dos países mais miseráveis do mundo devido ao clima árido, às secas periódicas e às opções dos governantes. Os conflitos políticos, religiosos e étnicos (internos e externos) castigaram e ainda castigam o país. Além dos milhares de vidas perdidas, o país investiu e continua investindo enormes quantias de dinheiro em guerras ao invés de aplicar a verba em melhorias da infraestrutura precária do país. Na verdade, a instabilidade sempre foi o maior inimigo da Etiópia, o que provocou grande atraso econômico e baixo índice de desenvolvimento humano. Investimentos em transportes, comunicações, silos e indústrias de beneficiamento ajudariam muito já que a economia é baseada na agricultura. Por falta de recursos, a produção agrícola atualmente é usada como atividade para subsistência.

A economia da Etiópia é baseada na agricultura atualmente, da qual 85% da população sobrevivem. Seu principal produto é o café, exportado para todo o mundo e a renda per capita é de menos de US$ 100. Dois terços dos etíopes são analfabetos, quase metade da população vive abaixo da linha da pobreza e padece de desnutrição crônica, apenas 11% utiliza saneamento básico e 42% água tratada. Além disso tudo, o país também sofre com a tuberculose, a malária e a AIDS. Atualmente estima-se que oito milhões de etíopes sobrevivam apenas de assistência internacional. A expectativa de vida é de 44 anos.

Curiosidade: Como na maioria dos países africanos, alem do café, existem outras bebidas produzidas artesanalmente. Os grãos são a base do areke, um destilado produzido nos quintais das casas, que é de arder a garganta!


Texto extraído de: https://www.mexidodeideias.com.br/mercado/etiopia-o-berco-do-cafe-e-das-colonizacoes/
Fonte Imagem: https://www.mexidodeideias.com.br/mercado/etiopia-o-berco-do-cafe-e-das-colonizacoes/

A ETIÓPIA E A LENDA DA ORIGEM DO CAFÉ

CAFÉ TURCO NO IBRIK: O QUE ESSA TRADIÇÃO TEM DE ESPECIAL?

 


Conhecido como o método de preparo mais antigo do mundo, o café turco guarda muito da cultura e história de seu país dentro de uma xícara intensa de café. 

A Turquia é um país riquíssimo em patrimônio histórico-cultural, e tudo isso atrai milhares de turistas todos os anos. É por isso que em 2019 foi o 6° país mais visitado no mundo, recebendo cerca de 51 milhões de turistas. 

Uma coisa é certa, quem passa por lá sem dúvida se depara com um chá ou um café turco e se encanta com a hospitalidade do país.

E como o Consciência Café adora falar de cafés diferentes, neste artigo vamos falar do café turco feito no ibrik e todas as suas particularidades. 


Sobre o café turco

Quando vimos sobre a história do café, notamos que a Turquia teve um papel fundamental para a popularização da bebida, aprimorando o seu preparo e fez dele um pano de fundo para diferentes interações sociais. 

Foi na antiga Constantinopla, atualmente Istambul, que surgiram no séc. XV as primeiras cafeterias, sendo a bebida vista ora como uma droga, ora como um causador de desavenças sociais. 

No entanto, as cafeterias ganharam seu espaço no país e contribuíram para tornar o café conhecido no mundo.

No séc XVI, para diminuir o tempo de preparo do café, os turcos inventaram o Ibrik. Geralmente é feito de metal, cobre, alumínio ou cerâmica. 

Ele tem um cabo longo, um “pescoço” longo e uma boca mais alargada, design que ajuda a aquecer facilmente a bebida e a evitar o vazamento do líquido.

A palavra turca ibrik significa jarra e é um termo muito usado no inglês para se referir a cafeteira turca, embora os turcos a chamem de cezve. 


A cultura do café na Turquia

Apesar dos desafios do café na história da Turquia, hoje é uma bebida tradicional no país, sendo um dos patrimônios culturais da humanidade, nomeado pela Unesco em 2013.

Tão forte é a cultura do café por lá, que ela faz parte do vocabulário do dia a dia do povo, de  rituais importantes como o de cortejo, e da hospitalidade turca.  

Contudo, o que vamos ressaltar aqui é que o café turco não é um grão de café, mas sim a sua forma singular de prepará-lo, como veremos mais a seguir. 


Café turco sendo preparado na brasa


Como é feito o café turco?

Antes de se popularizar na Turquia, o café era feito com o grão inteiro, sendo apenas torrado e depois fervido em água.

Porém, os turcos deram um jeito de aprimorar o seu preparo e passaram a moer o grão depois de torrado, e só depois ferver em água. Mas vamos aos detalhes de como ele é preparado:

1. Separe o grão de sua escolha

Como esse método costuma deixar o café bem encorpado e com forte aroma, os cafés especiais são uma boa pedida. Assim você poderá explorar ainda mais a complexidade de sabores que esses grãos oferecem. 

2. A moagem para o preparo precisa ser extra-fina

Ou seja, quase como um talco. Lembrando que algumas máquinas de moagem modernas já tem uma função própria para o café turco. 

3. Utilize o Ibrik para o preparo, e acrescente seus ingredientes

Neste típico recipiente turco você vai misturar 10g do seu café especial, em seguida, coloque 100 ml de água em temperatura ambiente. 

Mas deixe espaço no recipiente, para acrescentar mais água após a fervura. Mexa com uma colher só para desgrudar o café do fundo do ibrik.

4. Leve o ibrik ao fogo até a água ferver. 

Aqui tem uma curiosidade… De acordo com a cultura turca, é preciso ferver o café 3 vezes, enquanto se pensa em uma pergunta que queira saber sobre o seu futuro.

Após ferver, uma dica para baixar a borra do café é colocar um pouquinho de água gelada. Ele fica espumado, mas deve ser servido com a espuma mesmo em pequenas xícaras. 


Como o café turco é servido? 

Como esse método costuma deixar o café mais amargo, os turcos usam especiarias para disfarçar esse amargor, como a canela, cardamomo, açúcar ou anis estrelado. 

E para acompanhar servem uma água para limpar o paladar. Eles bebem em pequenas doses e devagar, pois este é um momento de degustação.

O melhor fica para o final. Lembra das perguntas que você pensou durante a fervura? Chegou a hora de ter as respostas. 

Segundo os turcos, o desenho que se forma na borra do café tem um significado e já existem até aplicativos para fazer a interpretação dessa prática, conhecida como cafeomancia. 


Café turco no ibrik sendo servido com especiarias


O que o café turco tem de especial?

Como o café no ibrik é preparado em alta temperatura, acaba extraindo compostos menos solúveis em água. Com isso, a bebida obtém um sabor mais intenso e com mais amargor. 

Outra característica forte é que o café turco não é filtrado, como resultado se tem uma bebida com mais cafeína e um sabor intenso que é sentido já no primeiro gole. 

Quem gosta de um café forte, é provável que vai apreciar o modo turco de fazer café. 


Texto extraído de: https://conscienciacafe.com.br/cafe-turco-feito-no-ibrik/
Fonte Imagem: https://conscienciacafe.com.br/cafe-turco-feito-no-ibrik/

COMO FAZER CAFÉ NA PRENSA FRANCESA


Você sabia que a prensa francesa ou cafeteira francesa tem uma origem muito antiga? O primeiro modelo data do século XIX, e ao longo do tempo esse tipo de cafeteira foi se aperfeiçoando até chegar aos modelos mais atuais que hoje encontramos no mercado.

Na prensa francesa o café é preparado por meio da infusão, um método de preparo que proporciona uma extração mais intensa dos seus aromas e sabores. Além disso, conquistamos uma experiência sensorial única por causa da preservação dos óleos essenciais dos grãos.

Que tal aprender um pouco mais sobre esse método de extração do café? Continue lendo para conhecer a prensa francesa entendendo como é a estrutura dessa cafeteira, conferindo um pouco da sua história, além de algumas dicas para preparar um café saboroso e escolher a prensa ideal para você!


O que é a a cafeteira prensa francesa?

A prensa francesa é um tipo de cafeteira que utiliza o método de infusão para fazer a extração do café. Ou seja, mantemos o pó em contato com a água quente, da mesma forma como se preparam os chás, para que sejam extraídas as propriedades dando origem à bebida.

A prensa francesa também é chamada de french press e não utiliza filtros de papel ou eletricidade para promover a extração da bebida. Sua estrutura é bem simples e o processo de preparo do café é totalmente manual.

A estrutura da prensa francesa consiste em uma jarra que pode ser confeccionada em plástico, vidro ou aço inoxidável, e um embolo, no qual é fixada uma peneira com uma tela muito fina. Ela é que faz a separação do pó e do líquido quando o embolo é baixado.

Podemos dizer que a prensa francesa é um tipo de cafeteira ecologicamente correta, afinal, ela não precisa de energia nem gera resíduos para preparação da bebida. Além disso, o café preparado nela tem características específicas porque a tela não absorve os óleos naturais presentes no café. Eles ficam incorporados à bebida, proporcionando um sabor único.


A história da cafeteira prensa francesa

A primeira prensa francesa surgiu oficialmente em 1852. Ela foi patenteada Mayer e Delforge, recebendo o nome de Cafetière. Porém, existe uma ilustração sobre como tudo pode ter começado, antes de surgir a prensa oficial.

Dizem que um senhor da cidade de Provença, na França, costumava sair para caminhar e levava consigo sua comida e o café para ser preparado em uma cafeteira. Naquela época, o café era misturado à água antes de ela ser levada para o fogo, então, ele era fervido para preparar a bebida.

Esse método fazia uma super extração, deixando a bebida bem amarga. Mas um dia, quando foi preparar o seu café, esse senhor esqueceu de colocar o pó junto com a água para ferver. Quando percebeu sua distração, era muito tarde, e teve que adicionar o café depois que a água já tinha servido.

O que aconteceu foi que parte do pó não afundou, e ele teve a ideia de usar um pedaço de tela para fazer a separação do café e do líquido. Fez isso e conseguiu tomar a sua bebida, mas percebeu que o sabor era muito diferente. Foi quando surgiu a ideia de lançar uma cafeteira que trouxesse esse método de preparo.

Seja como for, a prensa francesa evoluiu ao longo do tempo. O modelo de 1852 já usava um recipiente cilíndrico contendo um filtro e uma haste para fazer a separação do pó e do café. Em 1913 o francês Louis Forest lançou a primeira prensa francesa popular.

Era chamada de Cafeolette e podia ser encontrada em lojas de departamentos da cidade de Paris. Porém, o método de preparo utilizava leite em vez de água, resultando no cafe au lait tradicional.

Em 1929, o italiano Attilio Calimani patenteou uma prensa mais parecida com a qual utilizamos hoje, por isso, ele é considerado como o inventor da prensa francesa. Mas o modelo que fez com que esse tipo de cafeteira se tornasse famoso em todo mundo foi aquele lançado em 1958 por Faliero Bondani, o modelo Melior.

Assim, existe essa pequena dúvida se a prensa francesa é de fato da França ou da Itália. De toda forma, o modelo mais disseminado atualmente é aquele de origem italiana.


Como a prensa francesa funciona?

Como você viu, o funcionamento da prensa francesa é muito simples. Não requer filtros nem qualquer tipo de energia para preparar a sua bebida. Você só vai precisa da cafeteira e de uma colher para misturar o café e a água.

Tanto o pó quanto a água são adicionados na prensa francesa. O café permanece em infusão por cerca de quatro minutos para que sejam extraídos os seus sabores. É interessante utilizar um café com moagem mais grossa e manter em infusão por no máximo quatro minutos.

Em seguida, misturamos o conteúdo e depois empurramos o embolo para baixo. Assim, a tela vai empurrar o pó para o fundo, separando do líquido para servir e apreciar.

Como fazer café na prensa francesa?

No método de infusão, é preciso ter cuidado com as técnicas utilizadas para aproveitar ao máximo o sabor e as propriedades do café. Na hora de preparar a bebida na prensa francesa, é importante ter alguns cuidados para que você tenha a melhor experiência com a sua bebida. Veja.


Escolha do café especial

Um desses cuidados é com relação à escolha do café que você vai utilizar. Como você viu, a separação do pó e do líquido é feita utilizando uma tela, sendo assim, o ideal é dar preferência para o café com moagem mais grossa, a fim de conseguir uma separação mais eficiente.

Os cafés comuns têm uma moagem muito fina, por isso, a tela não consegue reter todas as partículas do pó. Na hora de passar a bebida para a xícara, haverá uma quantidade maior delas, e o tempo de espera para ingestão da bebida também ficará maior, já que precisamos esperar a sedimentação.

Além da moagem, o ideal é sempre escolher um café especial para que ele tenha uma torra adequada e uma qualidade superior. É até mesmo interessante que você escolha os cafés em grãos, fazendo a moagem na hora do preparo. Assim pode controlar melhor a grossura.


Como usar a prensa francesa?

Você sabia que para preparar café usando filtros de papel ou coador de pano precisamos escaldar ambos antes de fazer a extração? Essa técnica, que ajuda a valorizar o sabor da bebida, também deve ser utilizada na extração do café na prensa francesa.

Antes de acrescentar o pó, escalde a prensa com água fervente e depois descarte todo o volume. Com isso, você vai equilibrar a temperatura da prensa evitando diferenças na hora de preparar o seu café, e não vai comprometer o sabor dele.


Qual a moagem ideal para a prensa francesa?

Você sabia que a moagem interfere diretamente em sua extração? Para métodos de infusão recomendamos a moagem grossa, principalmente por nesse método a água ficar em contato em contato com o café por mais tempo. Partículas maiores de café precisam de mais tempo de contato com a água para extrair o máximo que elas tem a oferecer.


Temperatura da água para preparo da prensa francesa

É muito comum as pessoas prepararem café com água fervente, mas não é preciso esperar que ela entre em ebulição para que esteja adequada para preparação da bebida. Em especial porque na prensa francesa utilizamos o método de infusão, então, controlar a temperatura da água ajuda a preservar o sabor e o aroma do café.

O ideal é que a água esteja próximo a 95° C, ou seja, quando começar a soltar bolinhas de fervura na água, desligue e sirva.


Extração do café na cafeteira francesa

Depois que você já tiver moído o seu café em moagem grossa, escaldado a prensa francesa e aquecido a água, é hora de dar início à extração. Acrescente o pó à prensa francesa, em seguida, despeje a água quente, misture e depois tampe a sua prensa e reserve.

A nossa recomendação de diluição é entre 7 – 10 gramas de pó para 100ml de água. Isso vai variar de acordo com a sua preferência, então em nosso preparo geral fazemos 1:12 (proporção de café para água) ou seja, 350ml de água para 30 gramas de um café de qualidade na moagem grossa.

Após adicionar o grão moído, mantenha o pó de café em infusão por no máximo quatro minutos. Depois desse tempo, pressione lentamente o êmbolo até o fundo da sua prense, separando, assim, o café do líquido. Coloque a bebida nas xícaras para servir, mas faça isso devagar para evitar ao máximo a transferência de sedimentos finos.

Antes de beber, é interessante aguardar cerca de um minuto para que os resíduos do pó possam sedimentar no fundo da xícara. Por isso é interessante usar o café com uma moagem mais grossa. Quanto mais fino for o pó, mais sedimentos serão transferidos para a xícara.

É importante lembrar que o café preparado na prensa francesa deve ser consumido assim que estiver pronto. Isso porque, se você mantiver o café na prensa, o processo de extração continuará. Dessa forma, teremos uma super extração, que pode comprometer o sabor da sua bebida.

Lembrando que não existe uma regra na proporção entre a água e o café que você vai acrescentar em sua prensa francesa. Isso depende bastante das suas próprias preferências e também da qualidade do café que você escolheu.

Na prensa francesa extraímos um café com aromas e sabores diferenciados porque há uma concentração maior das propriedades, já que não perdemos os óleos essenciais durante o processo de extração. Afinal, como dito, a tela não absorve essas substâncias.

Além disso, ao usar a prensa francesa você estará aplicando um método totalmente manual. Sendo assim, consegue ter um controle melhor de aspectos como temperatura da água e intensidade de sabor, para obter uma bebida com o sensorial que você deseja.


Como escolher a sua cafeteira prensa francesa?

Como você viu, a prensa francesa evoluiu bastante ao longo do tempo e existem diversos modelos que você encontra no mercado. São muitas marcas, também, e materiais diferentes; tudo isso pode influenciar a qualidade da sua bebida.

Portanto, na hora de fazer a aquisição de uma prensa francesa, é importante ter atenção para que você escolha o produto mais adequado, aquele que vai proporcionar um café saboroso do jeito que você deseja.

A seguir, deixamos alguns aspectos que devem ser considerados na hora de escolher a sua prensa.


Material da prensa francesa

É preciso ter atenção com o material com qual a prensa é fabricada porque isso vai influenciar a qualidade da sua cafeteira e até mesmo o sabor do seu café. Você vai encontrar no mercado prensas francesas fabricadas em plástico, vidro e inox.

O plástico não é o material mais recomendado porque ele interfere no sabor dos alimentos. Isso significa que também vai prejudicar as propriedades do seu café, deixando um gosto inadequado por causa das características do recipiente, esse fator também vai atrapalhar a sua experiência sensorial. Sendo assim, o vidro e o inox são mais recomendados.

O inox tem a grande vantagem de ser muito resistente, entretanto, ele prejudica um pouco o aspecto visual da bebida, já que não conseguimos ver o interior da prensa. Diferente do que acontece com o vidro, que possibilita visualizar todo o processo de extração e, ao mesmo tempo, garante fidelidade total ao sabor da bebida. Apenas é preciso um pouco de cuidado no manuseio por ser mais frágil.


Capacidade da prensa francesa

Esse é um aspecto importante em relação à quantidade de café que você precisa preparar em sua prensa francesa. Caso você tenha que fazer um volume maior, para a família ou os amigos, então é preciso adquirir uma prensa que atenda essa demanda.

Geralmente, a variação de volume das prensas francesas encontradas no mercado é de 300 ml a 1 l. Para escolher a ideal para você, considere que tipo de uso será feito e quanto café você precisa preparar no dia a dia. Existe até mesmo a opção de ter duas versões, uma maior e uma menor, para que você possa usar em ocasiões específicas.


Prensa francesa e sua linda estética

Considere que a prensa francesa é uma cafeteira bonita e que também pode decorar a sua cozinha e a sua mesa. Então, o fator estético pode ser fundamental caso você queira que o processo de extração da bebida seja praticamente um evento durante as suas reuniões!

Nesse quesito, a prensa francesa de vidro sai na frente da de inox e da de plástico. Afinal, o vidro possibilita visualizar todo o processo de extração e apreciar o visual do café sendo preparado. Por isso, pode ser a versão mais adequada considerando a decoração.

Não se esqueça de que a qualidade do café que você escolhe faz toda a diferença para obter uma bebida mais saborosa preparada na sua prensa francesa. Então, dê preferência para cafés especiais e com uma moagem mais grossa para obter uma excelente extração e alcançar aromas e sabores únicos.

Como o método de extração influencia as experiências sensoriais da apreciação do café, aproveite para conhecer alguns métodos cônicos de preparação da bebida e diversifique o consumo!


Prensa Francesa Bialetti: Review

A prensa francesa Bialetti Preziosa tem corpo de vidro borossilicato e de aço inoxidável, o que é um diferencial em relação a outros modelos de French Press.

De fato, a prensa francesa Bialetti vem com alça de nylon resistente ao calor. Além disso, possui design clean e elegante, em adição a ser extremamente prática.

Seu êmbolo não enrosca e ela possui uma válvula patenteada pela marca, garantindo a segurança no método de preparo.

Algumas dicas de prensas francesas para comprar:

Prensa francesa: French Press Precioza Bialetti

Prensa francesa: French Press Smart Bialetti

Prensa francesa: Blend Mondo Maxwell & Williams

Prensa francesa: Parede Dupla HARIO

Prensa francesa: ZWILLING SORRENTO


Como fazer leite cremoso na prensa francesa?

Para fazer seu leite cremoso na prensa francesa você deve colocar o leite quente no copo da prensa francesa e movimentar o êmbolo para cima e para baixo. Faça esse movimento diversas vezes até o leite ficar cremoso. Caso não dê certo recomendamos a compra de um espumador de leite.


Qual café usar na prensa francesa?

Recomendamos que você utilize cafés especiais para a preparação do método da prensa francesa. 


Texto extraído de:https://blog.veroo.com.br/prensa-francesa/
Fonte Imagem: https://blog.veroo.com.br/prensa-francesa/

terça-feira, 11 de junho de 2024

A ORIGEM DO CAFÉ NA ESPANHA

Os mercadores venezianos trouxeram o café para a Europa pela primeira vez em 1615.  Foi também nesse período que surgiram na Europa duas outras grandes bebidas quentes: o chocolate quente, trazido pelos espanhóis das Américas em 1528, e o chá, posto à venda pela primeira vez na Europa em 1610.

Nesta mesma época o Café começou a ser difundido por toda a Europa, automaticamente, também na Espanha, que a princípio, em alguns países o café era vendido principalmente por vendedores de limonada, e acreditava-se que possuía propriedades medicinais. A primeira casa de café europeia abriu em Veneza em 1683, o famoso Caffè Florian na Piazza San Marco que continua aberto e funcionando até hoje.

A maior bolsa de seguros do mundo, a Lloyd’s of London, começou a vida como casa de café. Foi aberta em 1688 por Edward Lloyd, que preparava listas dos navios segurados por seus clientes.


Tipos de Café na Espanha

Na Espanha o campeão é o café puro (que se chama café solo) e também o café com leite (café con leche), além de do café descafeinado, que tem boa saída por la.

Além desses mais tradicionais, a Espanha tem um café típico que é o carajillo, que combina café com alguma bebida destilada, normalmente cachaça ou conhaque. Sua origem remonta a época que as tropas espanholas ocuparam Cuba e os soldados costumavam misturar café com rum para criar “corajillo” (coragem) e daí saiu o nome carajillo.

Também são muito consumidos os cafés chamados de “montados“, porque costumam ter uma cobertura grande de nata e são misturados com chocolate e licores suaves como Cointreau ou Bayles.

Na Galícia, existe uma bebida típica que tem café em seus ingredientes, se chama “Queimada“. A Galícia é muito conhecida por ser uma região “mística”, onde está o caminho de Santiago e as meigas (bruxas). Portanto a “queimada” é uma bebida que se toma em rituais místicos, com os seguintes ingredientes: aguardente, açúcar, limão, laranja e café. É uma bebida extremamente forte, daquelas que descem queimando, mas é uma bebida milenar com muita tradição.


Tipos e Nomes em Espanhol

Desta forma você vai saber como pedir teu café preferido no bar, restaurante ou cafeteria.

Café Con Leche

O clássico café com leite, que ao café se acrescenta 100 ml de leite. Você pode pedir que o leite seja fría (frio), templada (morno), caliente (quente). A palavra leite em espanhol é feminina: la leche! Os espanhóis costumam pedir o café com leite para o café da manhã. É comum ver nos bares e cafeterias: café con leche + pasta ou café con leche + bocadillo.

Café Cortado

O café cortado em catalão é Café Tallat. Este tipo é feito com café espresso e um pouquinho de leite, entre 5 e 10 ml de leite. O cortado é o nosso famoso pingado, muito comum ver as pessoas tomando este café no meio da manhã ou depois do almoço.

Café Corto

Tem menos café que o espresso, significando que a bebida é curta de café, menos de 15 ml. Não leva leite e é o típico café para tomar de um só gole.

Café Largo

É um espresso longo, do italiano Lungo, sem leite.

Café Solo

Nada mais é do que o café espresso. Um café purinho, sem leite! Os espanhóis tomam este café depois do almoço, no meio da jornada de trabalho ou mesmo acompanhando o cigarro.

Café Americano

Um café com muita água e pouco café. Este tipo de café foi inventado na Itália, durante a II Guerra Mundial. Foi uma tentativa dos baristas italianos de aproximar o café italiano do gosto dos soldados norte-americanos.

Café con Hielo

Café com gelo. Isto mesmo! Você pede um espresso ou um cortado e junto um copo de gelo. Coloca o café no copo de gelo e deixa ele ali um tempinho, para gelar. Quando estiver geladinho, um pouco mais aguado, é só tomar. Parece estranho, mas é bem consumido no alto verão nas cidades mais quentes do país.

Café Carajillo

Este café, podemos dizer, que um autêntico café espanhol. Sua origem está em Cuba quando esta era colônia espanhola. Diz a lenda que os soldados tomavam café com rum para tomar coragem. Carajillo é o diminutivo de coragem. É um café espresso com um pouquinho de Brandy, Rum ou outra bebida alcóolica. Os espanhóis costumam tomá-lo depois do almoço e é super comum entre os homens mais velhos.

Café Bombón

O famoso leite condensado se junta com o café! Em baixo se coloca o leite condensado e por cima o café.

Café Vienés

Neste café o leite é substituído pela nata. A nata batida vai em cima de um café espresso normal ou dublo.


História e Cafeterias

No século XVI, através dos Bourbons, o café é introduzido na Espanha, na época que governaram França e Navarro (Espanha). Por sua vez, a produção de café no país, é quase nula a não ser pelo Valle de Agaete nas Canarias.

Falando sobre consumo, em Madri por exemplo, os primeiros locais que tinham a bebida para a população eram apenas em restaurantes que ofereciam o cafezinho, já em 1764 abre-se a primeira cafeteria em Madri. La Fonda de San Sebastián, situada em uma rua central da cidade. A partir deste momento foram muitos os estabelecimentos específicos que apareceram em cidades como Madri e Barcelona.

Cádiz, cidade de ideias liberais, foi nesta época a capital espanhola do café. Em 1802 havia 23 estabelecimentos que eram por sua vez centros de reunião e debate político, assim como em diversas outras cidades mundiais que tinham nas cafeterias esse local de encontro de pensadores, artistas, políticos, banqueiros, entre outros nomes da história.

Ainda que o consumo de café na Espanha seja considerado médio em relação ao mundo, hoje é líder em bares e cafeterias. A Espanha é o país com mais densidade de estabelecimentos (1 a cada 175 habitantes), com total maior que dos Estados Unidos, por exemplo.


Madrid
Tradicionais

Café Gijón
Paseo de Recoletos, 21

Café Comercial
Glorieta de Bilbao, 7

Café El Espejo
Paseo de Recoletos, 31

Modernos

Bendita Locura Coffee & Dreams
Príncipe de Vergara, 73

Cafelito
Sombrerete, 20

Pum Pum Café
Tribulete, 6

Barcelona

Padaria Santa Clara
Travessera de Grácia, 210

El Fornet
Mais de 30 endereços por Barcelona

Café Del Sol
Praça do Sol, no bairro de Grácia

365 Café
Carrer de Córsega, 354 (e mais 6 endereços)

Rodilla Café
Carrer de Córsega, 349

Café Adonis
Carrer de Bailèn, 188

Cadiz

Le Poeme
Calle Alcala Galiano 3

La Vaca Atada
Calle Nueva 1D

Cafe de Levante
Calle de Rosario 35

Brim
Calle de Rosario 35

La Clandestina
Calle Jose del Toro 23

Panaria
Calle Ancha 23


Texto extraído de: https://planetscafe.com/a-origem-do-cafe-na-espanha/
Fonte Imagem: https://planetscafe.com/a-origem-do-cafe-na-espanha/

HISTÓRIA DOS CAFÉS DE PARIS

 

 PARIS E SEUS CAFÉS

“Diante da xícara de café, tagarela-se; ‘a conversação acompanha obrigatoriamente o café ou o chá, ela é quase a sua verdadeira razão de ser.’ O café, mal acabara de nascer, já era um café literário.”

Paris, e seus incontáveis cafés. Todo o parisiense, seja ele de nascimento, de adoção, ou mesmo de coração, conhece e reconhece Paris a partir dos seus cafés.

O (estabelecimento) café é aquele companheiro fiel, de todo o dia, a quem a gente recorre sempre que pode. Na alegria e na tristeza. Sozinho ou acompanhado. Nas manhãs corridas de antes do trabalho e nos fins de tarde depois de um dia cansativo, pra ver a vida passar. De preferência com uma taça de vinho na mão.


OS PRIMEIROS CAFÉS DE PARIS

Os primeiros cafés de Paris datam de meados do século XVII.

Desde o momento em que surgiram, eles gozaram de enorme popularidade entre os privilegiados a quem era permitido frequentá-los: nos cafés, alguns elementos mais nobres da sociedade da época se reúnem para discutir, conversar e conspirar, entre um gole e outro daquela bebida, à época tão valiosa, de prometidos efeitos estimulantes.

“Outros sim, desde o início, é um café político”. A afirmação é do antropólogo Jules Leclant, autor do texto “O café e os cafés em Paris.” Segundo ele, rumores de que à mesa dos recém-inaugurados cafés faziam-se críticas ao governo teriam chegado aos ouvidos do rei Luís XIV, que indagara a um de seus conselheiros se não seria conveniente “impedir seu funcionamento para o futuro.”.

Teria sido possível ao rei prever a relação entre o desgaste do absolutismo, que chegaria ao auge durante a sua regência, e a circulação de ideias políticas e filosóficas em cafés como o Procope, cem anos mais tarde?

O olhar em retrospectiva para a história poderia nos levar a crer que sim: Luís XIV, em meados de 1680, seria então uma espécie de visionário: adivinhara e temera, com um século de antecedência, o papel dos cafés na divulgação dos princípios e dos valores que contribuiriam para a derrubada da monarquia na França.

Mas a história não é tão simples, nem tão fantástica e previsível como algumas narrativas a fazem parecer.


A IMPORTÂNCIA DOS CAFÉS NA DIVULGAÇÃO DAS IDEIAS

Luís XIV não proibira o funcionamento dos cafés, e o passar dos séculos os transformaria num dos cenários mais característicos da paisagem parisiense.

Frequentado de início apenas por grandes pensadores, ilustrados, artistas e personalidades da época, a inauguração dos primeiros cafés na Paris do Antigo Regime já revela, no entanto, alguns elementos de uma sociedade em transformação.

Ao contrário dos salões literários, onde os integrantes da mais alta nobreza recebiam, nos ambientes luxuosos de sua propriedade, apenas uns poucos escolhidos entre as mais distintas famílias da aristocracia parisiense, nos cafés, o intercâmbio político, literário e cultural podia acontecer entre um público mais diversificado, num espaço público, o que possibilitava a crítica ao rei e à própria nobreza, enquanto no espaço privado dos salões literários a crítica era sacrificada em benefício da pura e simples adulação ao rei e a seus favoritos.

Daí a importância dos cafés na divulgação das ideias subversivas e revolucionárias que abalaram as estruturas da monarquia na França. Interessante, não é?

Nesse sentido, os cafés de Paris são produto e, ao mesmo tempo, testemunhas das grandes transformações pelas quais as sociedades europeias passaram.

É possível contar e compreender melhor a história da cidade, e mesmo do país, a partir da observação do movimento em seus cafés ao longo do tempo. A história social e das ideias francesas também passa pelos seus cafés.


NO SÉCULO XIX

Na França de meados da década de 1850, muita coisa já havia mudado em relação ao tempo do absolutismo monárquico.

Em pouco mais de cinco décadas os franceses testemunharam a Revolução Francesa, a ascensão e a queda de Napoleão Bonaparte, a restauração do absolutismo com Luís XVIII, a Revolução de 1830 e a crise do governo de Luís Felipe, o rei burguês, em meio ao surgimento de movimentos sociais como o dos operários e o das sufragistas.

Nesse mundo em transformação, já se podia observar um declínio dos valores aristocráticos, que deram sustentação ao Antigo Regime, e a sua substituição gradual por um novo conjunto de ideias, características do grupo que chegava ao poder: a burguesia.

É nesse contexto que a presença em lugares prestigiosos como os cafés vai se tornando, lentamente, mais diversa. À medida em que a sociedade ia se transformando, a frequência dos e nos cafés também ia sendo modificada.

Passam a ser admitidos ali os cavalheiros de ascendência menos nobre, assim como algumas pouquíssimas mulheres, observadas pelo público masculino com um misto de choque, curiosidade e descrença, como é possível depreender da tela de Ernest Ange Duez (1843-1986) ambientada no LeDoyen, restaurante tradicionalíssimo que funciona até hoje no 8º arrondissement e ostenta as três desejadas estrelas do guia Michelin.

Na virada do século XIX para o XX a cidade de Paris já colecionava algumas centenas de cafés, espalhados pelos quartiers mais populares do momento: entre eles, o Le Guerbois, o Le Dôme, o Closerie des Lilas, o Café de la Paix, além dos hoje famosíssimos Les Deux Magots e Café Flore.

De acordo com o jornalista francês Michel Bradeau, foi nesse período que “A vida intelectual desceu do morro de Montmartre, atravessou o Sena e se instalou na “Rive gauche”, a ribanceira esquerda, e primeiro em Montparnasse.”

A cidade, modernizada pelas reformas haussmanianas e vivendo o auge do período de euforia conhecido como Belle Epoque, acolhia um número cada vez maior de imigrantes e de artistas de todos os matizes, atraídos pela aura inspiradora da cidade luz.


NO SÉCULO XX

Ao longo do século XX, muito se discutiu, se produziu e se testemunhou à mesa dos cafés parisienses: artistas, intelectuais, escritores, mecenas, homens de destaque e pessoas comuns ali compartilharam com angustia as notícias da 1ª Guerra Mundial, as agruras dos anos de 1920 e o aumento das tensões e rivalidades dos anos de 1930, marcados pela ascensão dos fascismos e pela iminência de uma nova guerra.

No Flore, Simone de Beauvoir e Sartre debatiam intensamente, e dividiam entre si as suas hipóteses sobre o porvir: aos relatos e opiniões mais pessimistas, Beauvoir contrapunha uma crença quase inabalável na capacidade de os países europeus solucionarem a crise no continente, cada vez mais escancarada pela política militarista de Hitler. A invasão da Polônia pelos alemães, poucos anos depois, seria o marco final daquele período de crise e incertezas conhecido como o entre guerras. Novamente, era a guerra.

E foi assim que, ao longo dos séculos, o café foi sendo convertido em verdadeiro personagem da história francesa: mais do que um lugar de memória, de convívio e de socialização, o café foi testemunha de um processo histórico diversificado, cujas complexidade e riqueza ainda nos apaixonam.

Nos cafés viveu-se, escreveu-se e ainda se escreve a História, e todos nós, que os frequentamos, somos seus protagonistas anônimos, ao lado dos tantos grandes vultos do passado que despertam, além de admiração, a nossa vontade voltar a eles. Sempre. Uma vez mais.



Texto extraído de: https://www.conexaoparis.com.br/historia-dos-cafes-de-paris/

CULT COFFEE

  Fonte Imagem: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/cafeteira-branca-e-prateada-N0qKzNAC7Go