quinta-feira, 5 de abril de 2018

COMO GUARDAR SEU CAFÉ? EIS A QUESTÃO


O café perfeito é resultado de uma combinação de bons grãos, torra e moagem ideais, água e uma boa cafeteira. Porém, nada disso adianta se o café não for bem guardado, pois problemas no armazenamento do grão ou do pó podem oxidar o produto, alterando suas características de aroma e sabor.

VOCÊ SABE COMO ARMAZENAR CORRETAMENTE O CAFÉ EM CASA?


Todo o processo de torra, moagem e embalagem do café (a vácuo ou em atmosfera modificada) é feito para garantir a qualidade e as propriedades da bebida, porém, ela depende muito da maneira como o café é conservado. Confira as dicas e não erre mais na hora de guardar o pó ou grão.


CAFÉ EM PÓ

Manter o café moído em locais frescos, secos e embalagens escuras, protegendo o produto da incidência de luz, do calor e da umidade, é o primeiro passo. Esses fatores são inimigos do café, e o contato com eles pode fazer com que o grão moído perca suas características. Por isso, é ideal manter o pó em potes escuros hermeticamente fechados. É possível manter nas embalagens originais, desde que bem fechadas.


CAFÉ EM GRÃO

Da mesma forma que o café moído, o café em grãos também precisa ficar protegido da luz, da umidade e do calor. Novamente, é recomendado manter em potes escuros e bem fechados para garantir que, no momento em que você for fazer a moagem, todas as qualidades sejam mantidas. Mantenha os potes dentro de armários fechados.


GELADEIRA

Muitas pessoas têm o costume de deixar o café guardado dentro da geladeira. Entretanto, esse hábito não é indicado por especialistas na bebida. Isso porque ao permanecer dentro da geladeira, além de ficar em contato com a umidade, o café também pode ser contaminado por outros odores do ambiente. No freezer também não é indicado, afinal, ao congelar o pó, há a possibilidade de absorver água.


PACOTES MENORES

Compre o café de acordo com a quantidade necessária para sua casa. Se o consumo for pequeno, prefira embalagens menores, assim você evita que o pó fique velho. Após aberto, a validade do café é de 15 dias!


MELHORES RECIPIENTES

Guardar o café em potes de vidro, cerâmica ou metal é a melhor opção, mas é importante que eles tenham tampas que fechem de forma hermética. Opte por recipientes escuros ou, se isso não for possível, guarde em armários que bem fechados. Evite deixar os potes de café próximos a fontes de calor, como o fogão, forno ou micro-ondas. Também não deixe próximo a temperos e a produtos de limpeza, pois podem interferir no gosto do café.



Fonte:
https://bulebar.com.br/sobre-cafe/como-guardar-o-cafe-em-casa/


CULT COFFEE: ROAST SPECTRUM



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/

quarta-feira, 4 de abril de 2018

CAFÉS, COMO ESCOLHER (PARTE 2 - FINAL)


Por que um café 100% Arábica custa mais caro? E os mais baratos, quais grãos são usados? E a torra, faz diferença? Você sabe qual o grão e qual a torra do seu cafezinho do dia a dia? E o da sua cafeteria preferida?
Quantas perguntas, mas as respostas são mais simples (e mais interessantes) do que imaginamos!


Existem dois grãos mais comuns no mercado, o Arábica e o Robusta. O primeiro é o café de melhor qualidade, com sabores muito mais complexos, cítricos, de cultivo mas delicado e com menor teor de cafeína.

O segundo é um grão muito mais simples e de sabor amargo proeminente, é usado para ser misturado aos grãos de Arábica barateando o produto final. Seu cultivo é muito mais fácil exatamente por ter mais cafeína.


 A diferença entre um grão Arábica (à esquerda) e um Robusta (à direita) é visível, né?
Não existe no mercado nenhum café 100% Robusta, acredito que seria praticamente intomável pelo seu corpo e amargor, porém algumas marcas usam seu grão no blend (mistura) justamente para acrescentar essas características no produto final, já que nós brasileiros gostamos de cafés de sabor forte.


A imagem acima mostra outra diferença… O Arábica é cultivado apenas em altas altitudes (acima de 600m) e temperaturas mais baixas, e o Robusta segue no contrário, cultivado em baixa altitude (até 700m) e suporta temperaturas mais altas! E o que isso significa? É mais fácil de maneira geral produzir grãos Robusta do que Arábica, tornando-o um produto mais barato!

Os cafés Tradicionais e Superiores usam 20% e 15% de Robusta em seu blend respectivamente, por isso somente são vendidas torras escuras nos cafés desse padrão (além de mascarar grãos Arábica imperfeitos, passados e outras sujidades como disse no post anterior). Cafés de categoria Gourmet e Especial usam apenas grãos 100% Arábica em sua composição.


Falando em torra, estamos tão acostumados com as torras escuras comumente encontradas nos mercados, mas sabemos nossa real preferência antes de provar outros tipos? Para quem só tomou cafés de torra escura até hoje está familiarizado com seu sabor mais “forte”, então provar torras média e clara pode ser um desafio, pois tendem a parecer “café fraco”, sabe? Mas não é nada disso!

Querendo ou não, a torra escura mascara muitos dos sabores de um bom grão de café, então percebemos menos as nuances frutadas e cítricas (por exemplo) cobertas no sabor amargo da torra elevada. Se você está buscando cortar o açúcar do cafezinho do dia a dia, mas acha o amargor difícil de engolir, experimente comprar uma torra média ou clara de um café de boa qualidade, você vai se surpreender!



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/


CAFÉS, COMO ESCOLHER (PARTE 1)


Se tem uma bebida que é extremamente social, essa é o café! Receber uma visita, mesmo que inesperada, e não servir essa bebida quente e reconfortante chega a ser quase falta de educação! Como assim você passou a tarde na casa daqueles amigos queridos e saiu sem tomar nem uma xícara de café?

Se antigamente todos tínhamos que saber passar um cafezinho no coador, hoje podemos escolher entre as muitas opções de cafeteiras. Seja na sua máquina de cápsulas, moka, cafeteira elétrica, prensa francesa, Hario ou espresso, saindo um bom cafezinho já estamos felizes!


Mas você sabe escolher um bom café?  Ao olhar as muitas opções nas gôndolas do supermercado nem sempre o que deve ser priorizado é o preço entre eles, e nesse caso eu diria que o barato pode sair caro!

ABIC (Associação Brasileira da Industria do Café) criou um padrão de classificação de qualidade dos grãos de café baseado em notas de zero à 10, sendo qualquer coisa abaixo de 4,5 impróprio para consumo!



Café Tradicional – Os mais baratos das gôndolas e também as marcas mais conhecidas por nós. Esses cafés tem grãos irregulares, uma quantidade de sujeiras permitidas como galhos, folhas e até grãos mais passados. Eles são constituídos de gãos arábica, robusta/conilon ou blendados e por isso recebem uma torra bem forte para igualar seu sabor.

Café Extraforte – Seguem o mesmo parâmetro dos cafés tradicionais, porém recebem uma torra ainda mais forte, deixando seu sabor mais acentuado e amargo. Não se engane, um café forte não é um café com mais cafeína, e sim mais torrado!

Nota de  QG  >= 4,5 e < 5,9.

Café Superior – São cafés um pouco melhores que os tradicionais por conterem uma quantidade menor de imperfeições e sujidades, e ainda permitem um blend de grãos arábica e robusta/conilon.
Nota de  QG  >= 6,0 e 7,2

Café Gourmet – Há um cuidado ainda maior com a qualidade dos grãos e quantidades de defeitos permitidos (limite de 13 a cada 300g de café). Pode-se assim controlar melhor a torra dos grãos ampliando suas notas e percepção de sabores. Somente grãos 100% Arábica.
Nota de QG>= 7,3 até 10


 É reconhecido mundialmente uma categoria ainda melhor do que a gourmet creditada pela BSCA – Brazil Specialty Coffee Association, a de Cafés Especiais! Esses cafés seguem em uma linha de origem 100% controlada, ou seja, sabe-se exatamente a origem do cultivo de cada lote garantindo a segurança de seus trabalhadores (evitando assim o trabalho escravo e o trabalho infantil, possivelmente ainda existentes no trabalho agrícola).

Além disso os Cafés Especiais são ISENTOS DE DEFEITOS, ou seja, nada de sujeirinhas no seu precioso pó, somente grãos altamente selecionados na sua torra de preferência! Bom, né?
Nota pessoal: Esse é realmente um café diferenciado, mesmo quando esfria seu sabor continua agradável.

Por isso, na sua próxima ida ao supermercado, procure ler o rótulo do café que você sempre compra e descubra em qual categoria ele se encontra. Além disso, aproveite todo esse conhecimento inicial e teste diferentes categorias de cafés na sua casa, ou ao frequentar suas cafeterias preferidas, pergunte mais sobre a bebida servida e sinta as diferenças.



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/life-e-style/cafes-como-escolher

CAFÉS, COMO EXTRAIR - CAFÉ TURCO



Quem já tomou sabe que seu sabor é talvez tão ou mais intenso que o espresso, não há filtros envolvidos, a água e o pó ficam bastante tempo em fusão na chaleira, e o preparo é aquecido até que o pó decante para o fundo. É preciso técnica para sentir o momento certo de servir, e apesar de decantar, parte da borra vai para a xícara, daí a milenar leitura da borra, já viram?

Segundo a cultura, o desenho formado na borra de café residual na xícara diz muito sobre quem tomou a bebida, seu passado, futuro e etc.
Para saber como fazer, clique aqui.



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/

CAFÉS, COMO EXTRAIR - POR PRESSÃO



Cafés de corpo, aroma e sabor intenso, a pressão elevada faz com que crie-se uma “crema”, ou seja, essa espuminha deliciosa por cima do café! Vemos esse método na Moka (a cafeteira italiana) e no espresso das máquinas profissionais. Ele são diferentes, a Moka tem pressão muito menor que o espresso, mas funciona de maneira parecida, pois conforme a água ferve na parte mais baixa da cafeteira, é criado uma pressão no meio, por onde acontece a infusão, saindo a bebida na parte de cima na Moka. Já no espresso a pressão da água quente vem de cima, passando pelo pó de maneira rápida extraindo um café intenso e perfumado.



MODO DE PREPARO:

Os modos de preparo são bem diferentes como descrevi acima, enquanto na moka a água vai por baixo e o pó no meio (nunca pressionar o pó colocado, para não entupir o filtro), no espresso o pó é sim bem pressionado no cachimbo, pois a força da água que vem da máquina é bem mais forte que qualquer outro método disponível. A quantidade de pó no espresso, por tanto, é bem maior, por isso seu sabor é um dos mais intensos.



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/

CAFÉS, COMO EXTRAIR - PRENSADOS



Esse método deixa um café de sabor bem mais intenso que os filtrados, por permitir maior infusão da água com os grãos moídos, a prensa faz o papel do filtro deixando toda a borra de café ao fundo, e o café preparado acima dela.

Conheço dois modelos de prensa, a clássica prensa francesa como vemos na primeira foto, que pode ser de vidro ou porcelana. E esse novo modelo da pressca, invenção de um brasileiro é uma cafeteira portátil, dá para preparar seu café em casa e sair tomando no carro, por exemplo. Faz um café individual ou até para dividir. 


Na minha opinião, esse método é ainda mais fácil que o filtrado, pois permite menor interação, já que há só uma maneira de preparo. Me agrada mais para fazer durante a tarde, quando prefiro uma xícara menor e sabor mais intenso.

MODO DE PREPARO:

Você pode pré aquecer a jarra com um pouco de água quente antes de preparar, mas é opcional. Depois coloque o pó de café e a água quente por cima, mexa com uma colher por alguns segundos (para garantir que todo o pó entre em contato com a água) e tampe. Deixe em infusão por 4, 5 minutos e depois comece a descer a prensa bem devagar, se apresentar alguma resistência, suba um pouco e volte a descer. A prensa deve chegar quase no final, deixando apenas o pó no fundo da jarra. Sirva em seguida!



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/


CAFÉS, COMO EXTRAIR - FILTRADOS


 

Cafés de corpo mais leve pelo método de extração permitir pouco tempo de contato entre a água quente e o pó. Não há nenhuma pressão exercida, então conforme a água é despejada, ela retira os óleos naturais do grão moído, deixando a borra presa no papel.

Exige pouca técnica e permite que quem prepara regule a potência da bebida como preferir, ou seja, mais pó deixa a bebida com sabor mais forte ou o inverso, usando menos pó para um sabor mais leve! Uma média que agrada a maioria é de 4 a 5 colheres de sopa cheias para cada litro de água, mas é legal descobrir seu gosto pessoal! Tem quem goste de mexer um pouco o pó enquanto despeja a água, para que os sabores se misturem bem, há quem ache uma heresia sequer encostar no pó, novamente, vá testando diferentes formas de extração para descobrir o melhor para você!

Além do método tradicional Melita, tem hoje técnicas mais delicadas que permitem melhor infusão do pó e extração de sabor. Tem a Hario V60, usando normalmente o suporte de filtro em vidro ou porcelana e filtro em papel específico ou Chemex onde o filtro especial de papel vai direto no dispenser de vidro.



MODO DE PREPARO:

Coloque pouco mais de um litro de água para ferver, enquanto isso monte o filtro de papel na base desejada. Assim que a água ferver, desligue o fogo. Antes de acrescentar o pó, “lave” o filtro com um pouco de água quente para retirar um pouco o gosto do papel e aquecer a base, descarte essa água.

Acrescente a quantidade de pó desejada ao filtro já lavado sem pressionar, e vá despejando a água pelo pó. Faça o teste em casa mudando diferentes formas de fazer, acrescentando bastante água de uma vez e mexendo o pó, ou colocando a água aos poucos, sem mexer. Compare o resultado final e descubra como prefere!




Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/


INFOGRÁFICO CAFÉ #13: WHAT IS THIRD WAVE COFFEE?



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/


CULT COFFEE: MOINHOS, MEMÓRIA DOS TEMPOS...



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/


MOAGENS DO CAFÉ + CURIOSIDADES


De maneira geral um grão de café moído mais grosso faz a água quente passar mais rápido, resultando num sabor “fraco”, assim como um pó muito fino faz a água passar bem devagar deixando seu sabor bem mais intenso. Isso vemos bem no método filtrado, que se beneficia mais com a moagem fina, mais comumente vendida nos supermercados e cafés de tipo Tradicional e Superior.



Esse infográfico do site I Love Coffee JP mostra bem qual o melhor tipo de moagem para os métodos mais comuns de extração. 
Moagem bem grossa – Prensa francesa
Moagem grossa – Chemex
Moagem média – Moka (info abaixo)
Moagem média fina – Filtro comum
Moagem fina – Espresso
Moagem Extra fina – Café turco


 Esse segundo infográfico mostra um pouco das mesmas acima, e ainda a moagem do café na moka, que deve ser média grossa (para não entupir o filtro). Quanto mais fino o grão moído, também maior o pó é passado pelo filtro, logo maior a borra e resíduos na xícara!

E como personalizar a moagem do seu café se as opções do mercado já são prontas? A primeira opção é comprar seu próprio moedor (seja manual ou elétrico), hoje em dia tem opções bem pequenas e baratas para termos em casa, e além da vantagem de personalizar a moagem de acordo com o método de extração escolhido ou ao seu gosto pessoal, você garante um café 1000x mais fresco!

O grão de café ao ser moído começa a oxidar muito mais rapidamente, ou seja, perde seus sabores e características naturais com o tempo. Ao comprar o café em grãos, você garante uma bebida muito mais aromática e fresca na sua casa, quer coisa mais gostosa?

Mas caso ainda não esteja pronta para esse investimento, você pode começar a comprar o café recém moído na sua cafeteria preferida, você vai ver a diferença que dá!


MAIS INFORMAÇÕES SOBRE SEU CAFÉ!

Para um café fresco, perfumado e saboroso, moa os grãos apenas antes da infusão.

Nunca use água fervente para fazer seu café, se não você só irá extrair o amargor e acidez do pó. 

Aguarde um minutinho após ferver para fazer a infusão.

Acerte a proporção pó e água, a média é de 4-5 colheres de sopa para cada litro de água.

Use a moagem certa para cada método de extração.

Café de sabor forte não significa um café com mais cafeína! A cafeína é extraída em água quente, ou seja quanto mais água quente passa pelo pó/grão, mais cafeína sua bebida terá!

O Brasil é o maior produtor de café do mundo

O café é a segunda bebida mais consumida NO MUNDO, perdendo apenas para a água!



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/

terça-feira, 3 de abril de 2018

CULT COFFEE: NA MEMÓRIA...




Fonte:
http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/os-processos-que-definem-a-qualidade-de-um-bom-cafe/

CULT COFFEE: NO TERREIRO DA FAZENDA



Fonte:
http://www.gazetadopovo.com.br/bomgourmet/os-processos-que-definem-a-qualidade-de-um-bom-cafe/

A ARTE DA TORRA







Fonte:
http://www.emporiomonjolo.com.br/single-post/2016/09/08/Apaixonados-por-caf%C3%A9---Torrefa%C3%A7%C3%A3o
http://cafeouronegro.com.br/torra-do-cafe-realca-caracteristicas-de-sabor-aroma-e-acidez/tipos-de-torra-do-cafe/


CLASSIFICAÇÃO DO GRÃO VERDE DO CAFÉ (PARTE 5 - FINAL)

FATORES QUE PODEM INTERFERIR NA QUALIDADE DA BEBIDA DO CAFÉ

1º) A espécie do café: Em casos onde se tem a presença do café ARÁBICA, com a bebida mais apreciada, GRUPO I; e se a apção for pelo café ROBUSTA/CONILON, mais resistente a pragas e com menor custo de produção, GRUPO II.

2º) O clima: O café deve ser cultivado nas regiões tropicais, subtropicais e equatóriais.

3º) A altitude: o café do GRUPO I desenvolve-se em terras altas, entre 500 a 2.500 m acima do nível do mar, geralmente quanto mais alto mais ácido. O do GRUPO II deve ser cultivado em terras baixa, planícies.

4º) As pragas e doenças: Alguns fungos que infectam os frutos do café alteram a qualidade do produto. Outras pragas atigem o café mas não interferem na sua qualidade, mas sim na produtividade por hectare.

5º) O Sistema de Colheita: A colheita MANUAL SELETIVA (PICKING) somente dos grãos maduros, um a um, é a ideal. O seu custo do produção é muito elevado. Muito utilizado nos países equatoriais devido as chuvas serem ininterruptas. Na forma de DERRIÇA (manual ou mecânica) os grãos (verdes e maduros) são arrancados de uma só vez, num movimento de cima para baixo. Desta forma também são arrancados folhas e galhos. São colocados protetores no chão para evitar contato com a terra. Posteriormente é separado do produto os corpos estranhos maiores, e o restante é colocado na peneira, jogado para o alto em constantes movimentos para a retirada de impurezas. Esta última é a mais usual no Brasil.

6º) O processamento pós colheita:

Secagem:
Processo Natural (Via Seca): o fruto é seco na sua forma integral, ou seja com casca, polpa ("pele" que envolve a cereja do café) e a cereja. Pode ou não passar pelos lavadores para a separação dos grãos maduros dos verdes (flutuam = boiam). 

Despolpado ou Lavado (Via Úmida): neste processo retira-se as cascas e a cereja envolta pela polpa vão para um tanque de fermentação, onde a polpa é eliminada. Após o processo as cerejas são secas. Neste processo a bebida deve se apresentar com sabor mais suave e acidez acentuada. 

Cereja Descadada: é um processo intermediário entre a vida seca e úmida. São retiradas as cascas, mas as cerejas com a polpa não são fermentados. O seu sabor é mais equilibrado.

A Qualidade da Secagem: 
O sistema de secagem pode ser natural ou artificial, realizado através de secadores. Dependendo do cuidado dado no processo de cada um com certeza irá interferir na qualidade do produto final.

7º) A quantidade de defeitos: a classificação do TIPO do café é de acordo com os defeitos e impurezas encontrados em uma amostra, varia o resultado numa escala decrecente de qualidade de 2 a 8.

8º) O tamanho do grão: a classificação é feita através de peneiras obedecendo a SUBCATEGORIA.

9º) A classificação da bebida: sua classificação é feita através dos parâmetros do SUBGRUPO I E II.

10º) O armazenamento e transporte: o café é um produto muito sensível às alterações de temperatura e umidade. Ele deve ser sempre acondicionado em ambiente fresco, com baixa incidência de luz, em sacos de fibras naturais. O café pode ficar estocado por alguns anos sem que haja uma significante interferência na qualidade da bebida. Pode ocorrer que o produto ao invés de ficar com a sua cor característica em verde, passa a ter uma coloração gradativamente para o cor cinza esbranquiçada.

11º) O grau de torra: a torra influência na qualidade do produto, e no sabor da bebida.

 
Mais informações sobre as normas para a aclassificação do café veja no website do Ministério da Agricultura - http://www.agricultura.gov.br 
Programa de Qualidade do Café (PQC) - http://www.abic.com.br/gar_qualidade.html



Fonte:
http://revistacafeicultura.com.br/?mat=15148

CLASSIFICAÇÃO DO GRÃO VERDE DO CAFÉ (PARTE 4)


5) CLASSE 
Classificação do Café Beneficiado Grão Cru de acordo com a sua coloração
Verde Azulado e Verde Cana: característica do café despolpado ou degomado
Verde: grão de coloração verde e suas nuances
Aamarelada: grão de coloração amarelada, indicando sinais de envelhecimento do produto.
Amarela
Marrom
Chumbado
Esbranquiçada
Discrepante: mistura de cores oriundas de ligas de safras ou cores diferentes.

6) TIPO
Classificação do Café Beneficiado Grão Cru de acordo com a presença de defeitos e matérias estranhas
Entende-se por café beneficiado grão cru o endosperma do fruto de diversas espécies do gênero Coffea, principalmente Coffea arábica e Coffea conephora (robusta ou conillon).

MATERIAS ESTRANHAS E IMPURESAS
Matéria estranha ao café: são detritos vegetais não oriundos do produto, grãos e sementes de outras espécies e corpos estranhos de qualquer natureza, como pedra e torões, que são oriundos da varrição ou de fragmentos do piso do terreiro de secagem.
O percentual máximo de matérias estranhas e impurezas permitidas no Café Beneficiado Grão Cru será de 1%. Excedendo esse valor, o produto será desclassificado temporariamente. 

Impureza: cascas secas ou verdes de diversos frutos, inclusive do cafeeiro, paus, ramos e outras impurezas do próprio produto. 

Grãos de café com defeitos: são alterações que não caracterizam um grão de café saudável e bem beneficiado.

Grão preto: grão ou pedaço de grão de coloração preta opaca. 

Grão ardido: grão ou pedaço de grão que apresenta a coloração marrom, em diversos tons, devido à ação de processos fermentativos. 

Grão preto-verde: grão preto que se apresenta brilhante devido à aderência da película prateada. 

Grão verde: grão imaturo com película prateada aderida com sulco ventral fechado e de coloração verde em tons diversos.

Marinheiro: grão que, no benefício, o pergaminho (película que recobre o fruto do café, que se encontra entre ele e a casca) não foi total ou parcialmente retirado. 

Quebrado: pedaço de grão de forma ou tamanho variado.

Concha: defeito genético resultante da separação de grãos imbricados oriundos da fecundação de dois óvulos em uma única loja do ovário.

Coco: grão que não teve a sua casca retirada no processo de beneficiamento. 

Miolo de concha: grão plano e pouco espesso, resultante da separação de grãos imbricados oriundos da fecundação de dois óvulos em uma única loja do ovário. 

Grão mal granado: grão com formação incompleta apresentando-se com pouca massa e, às vezes com a superfície enrugada.

Grão esmagado: grão que apresenta forma alterada devido ao esmagamento durante o processo de beneficiamento. 

Grão brocado: grão danificado pela broca do café (parasita dos cafezais) apresentando um ou mais orifícios limpos ou sujos, podendo ser.

Grão brocado sujo: grão ou pedaço de grão danificado pela broca do café que apresenta com partes azuladas e pretas 
 
Grão brocado rendado: grão ou pedaço de grão danificado pela broca do café que se apresenta com três ou mais furos e sem partes pretas. 
 
Grão brocado limpo: grão ou pedaço de grão danificado pela broca do café que se apresenta com até três partes e sem partes pretas.

Grão triângulo: grão de formato triangular por ter se desenvolvido no fruto três ou mais sementes. 
Grão grinder: grão quebrado que vazar nas peneiras inferiores à peneira 14 (14/64’’), com pelo menos 2/3 de grãos inteiros. 

Café cabeça: grão composto por dois grãos imbricados, oriundos da fecundação de dois óvulos em uma única loja do ovário. Não será considerado defeito, a menos que se separe, dando origem à concha e ao miolo de concha. 

Café melado: (peliculado) grão perfeito, tendo, entretanto, a película do espermoderma aderida devido à fatores climáticos e coloração marrom, ligeiramente avermelhada. 

Grão pálido: grão que se apresenta com coloração amarelada, destoando na amostra, após a mesma ter sido submetida á “Torração Americana”. 
 

As características que podem definir esta classificação são determinadas pelo degustador de café
Fragrância = é a percepção olfativa do café torrado e moído. Sua intensidade revela o frescor da amostra. 

Aroma = são elementos perceptíveis ao olfato da bebida do café. O café pode ter o aroma frutado, nozes, amêndoas, malte, cereal, caramelo, florado, achocolatado, pão torrado, resina, remédio, queimado, cinzas, etc. O aroma depende da experiência do degustador. Bom café tem aroma pronunciado. A maior acidez permite maior percepção do aroma. O tipo da torra do café (clara, média, escura) pode alterar o seu aroma.

Doçura = pode variar em ordem crescente: sem doçura até doçura muito boa, este último é uma característica de um bom café superior e o café gourmet. Quanto menos adocicado a qualidade do café aumenta em defeitos. Alguns cafés de qualidade têm um sabor adocicado que lhe permite ser bebido sem a adição de açúcar. 

Amargor = é o sabor produzido pela presença da cafeína e trigonelina, ácidos cafeico e outros compostos fenólicos. Deve ser leve ou equilibrada quando bebemos um café de qualidade. Os cafés inferiores possuem um sabor amargo, ou ainda quando um café tem a torra muito forte (muito escura), ou ainda quando no seu preparo há um contato excessivo da água quente junto com o pó. Quanto mais escura for a torra maior o grau de amargor. 

Acidez = bastante desejável no café, é chamado de ácido, quanto indesejável é chamado de azedo. O café pode variar em ordem crescente de pouco ácido a acidez intensa. São substâncias como ácidos clorogênico, cítrico, málico e tartárico. 

Corpo = é a sensação de persistência no paladar após a bebida do café, a viscosidade que fica na boca (sensação de plenitude na boca). O café pode variar em ordem crescente: sem corpo, leve, bom corpo ou encorpado. 

Sabor = é a combinação das sensações de gosto doce, salgado, amargo e ácido com os aromas de chocolate, caramelo, cereal torrado que formam o sabor característico desejável. Quando apresenta sabores estranhos como terra, herbáceo, especiaria, queimado, é considerado indesejável. 

Sabor residual (Aftertaste) = é a sensação percebida após a ingestão da bebida. É o sabor que fica na boca. O sabor residual é desejável quando deixa um sabor que lembra chocolate e indesejável quando lembra o cigarro, queimado, resina, químico, madeira ou outro sabor estranho. 

Adstringência = é a sensação de secura na boca deixada após a sua ingestão. 

Qualidade Global = é a percepção conjunta dos aromas da bebida e de seu grau de intensidade, sendo que quanto mais aromático, melhor a qualidade do café, dos sabores característicos do café; de um amargor típico, mas não o resultante de excessiva torra do grão (carbonização); da presença não preponderante do gosto dos grãos defeituosos (verdes, escuros, pretos, ardidos) ou de sua inexistência, para o caso dos cafés gourmet, da inexistência do gosto característico de grãos fermentados, podres ou preto-verdes; do equilíbrio e da harmonia da bebida, tudo se traduzindo numa sensação agradável durante e após a degustação. 
 
# UMIDADE
Independente da classificação, os teores de umidade do Café Beneficiado Grão Cru não poderão exceder os limites de tolerância de 12,5% de umidade.



Fonte:
http://revistacafeicultura.com.br/?mat=15148

CLASSIFICAÇÃO DO GRÃO VERDE DO CAFÉ (PARTE 3)


3) GRUPO

Segundo o seu aroma e sabor. Também classificado em dois grupos:
1. Grupo I = Café Arábica: o melhor tem sabor mais suave e acentuado, aromático e menor quantidade de cafeína do que o conilon.
2. Grupo II: Café Conilon: o mais resistente a pragas, tem sabor e aroma neutros, tendendo para o amargo, e maior quantidade de cafeína.

1. Grupo I = Café Arábica
4) SUBGRUPO I (em ordem decrescente de qualidade)

Bebidas Finas
Estritamente Mole: café que se apresenta, em conjunto, todos os requisitos de aroma e sabor “mole”, porém mais acentuado.
Mole: café que apresenta aroma e sabor agradável, brando e adocicado. Um café suave e equilibrado.
Apenas Mole: café que apresenta sabor levemente doce suave, mas sem adstringência ou aspereza de paladar.
Duro: café que apresenta sabor acre, adstringente e áspero, porém não apresenta paladares estranhos. Identifica uma bebida encorpada e agradável.

Bebidas Fenicadas
Riado: café que apresenta leve sabor, típico de iodofórmio.
Rio: café que apresenta sabor típico e acentuado de iodofórmio. Um café de sabor intenso e marcante.
Rio Zona: café que apresenta aroma e sabor muito acentuado, assemelhando ao iodofórmio o ao ácido fênico, sendo repugnante ao paladar.
   
2. Grupo II Robusta
4) SUBGRUPO II
Excelente: café que apresenta sabor neutro e acidez mediana.
Boa: café que apresenta sabor neutro e ligeira acidez.
Regular: café que apresenta sabor típico de robusta sem acidez.
Anormal: café que apresenta sabor não característico ao produto. 


Fonte:
http://revistacafeicultura.com.br/?mat=15148


CLASSIFICAÇÃO DO GRÃO VERDE DO CAFÉ (PARTE 2)


1)     CATEGORIA  
  
No mundo como no Brasil são cultivadas principalmente duas espécies de cafés que possuem melhor bebida, e, portanto importância mundial:

 CATEGORIA I  = o arábico (Coffea Arábica L.) 
 CATEGORIA II = o conilon, também conhecido como robusta (Coffea Canephora). 


2) SUBCATEGORIA

Segundo o formato do grão e a sua granulometria (tamanho determinado pelo tamanho dos furos das peneiras por onde o café é capaz de passar).

Chato: constituída de grãos com superfície dorsal convexa e a ventral plana ou ligeiramente côncava, com a ranhura central no sentido longitudinal. 
Moca: constituída de grãos com formato ovóide, também com ranhura central no sentido longitudinal. 
Chato Graúdo: peneiras 17/18/19
Chato Médio: peneiras 15/16
Chato Miúdo: peneiras 14 e menores

Moca Graúdo: peneiras 11/12/13
Moca Médio: peneira 10
Moca Miúdo: peneira 9 e menores  

Bica Corrida (B/C): quando o café não tem separação de peneiras, ou que não se enquadre em quatro ou mais peneiras, será considerado


Fonte:
http://revistacafeicultura.com.br/?mat=15148