terça-feira, 20 de dezembro de 2022
segunda-feira, 19 de dezembro de 2022
ESPAÇO PAULA E BEBETO: ÁGUA E CAFÉ (PARTE 2 - FINAL)
Imagine o seguinte cenário: você chega numa cafeteria, pede seu café e, então, o garçom traz sua bebida acompanhada por uma dose de água com gás. A dúvida é instantânea: por que a água com gás acompanha o café? Devo beber antes ou depois de degustar o meu café? E, principalmente: é mesmo necessária a água com gás?
Para saber mais o PDG Brasil conversou
com os pesquisadores Dr. Dhalton Ito, do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná, e Dra. Rosires
Deliza, da Embrapa Agroindústria
de Alimentos, que ajudaram a discutir sobre o tema.
Água carbonatada (ou água com gás)
A carbonatação da água é a
saturação do líquido com o CO2 gasoso. Em outras palavras, é um termo
utilizado para descrever a dissolução de CO2 gasoso em água com o emprego
de pressão e temperatura.
O CO2 é um gás não tóxico,
inerte e sem cheiro característico, utilizado na fabricação da água gaseificada
(ou, água com gás), além dos refrigerantes e bebidas gaseificadas em
geral.
A presença de CO2 e água leva
à formação de um ácido fraco, o ácido carbônico (H2CO3), mas que não causa
nenhum efeito negativo significativo.
Mas cerca de 900 ml de CO2 são
liberados em apenas 250 ml de água, portanto a bebida causa uma ligeira
dilatação do estômago, dando a sensação de inchaço e saciedade.
A razão de servir água com gás e café
Ao que parece, servir água com gás
junto com o café tem o objetivo principal de limpar as papilas gustativas e
preparar nosso paladar para o que vem a seguir. Ou após.
Qual tomar primeiro?
Para a maioria dos entusiastas da
combinação café e água com gás. ANTES!
Para o Dr. Ito a “limpeza do
paladar” segue a teoria de remover contaminantes na cavidade bucal que possam
inibir a identificação de atributos, seja a impregnação de sabores de outros
alimentos ou até mesmo os de balas, chicletes e remédios.
“A carbonatação da água causa
estímulos na cavidade oral que levam à alteração na produção de saliva viscosa
em maior quantidade, promovendo tal sensação de limpeza e frescor”,
explica.
O pesquisador complementa que
mesmo assim não acredita que isso seja suficiente para limparmos o paladar, mas
o efeito placebo também deve ser levado em consideração.
Além disso, alguns especialistas
dizem que a quantidade de água oferecida (uma dose pequena – 50 ml) não é
suficiente para atingir o objetivo de limpeza do paladar. Seria necessária uma
garrafa de água para que a limpeza tivesse algum efeito.
Os limpadores do palato
Segundo a Dra. Deliza, os produtos
usados para limpar o palato são comumente empregados em estudos de avaliação
sensorial para limpar a boca antes e entre as amostras e é uma prática comum
num ambiente formal (laboratório) e informal (cafeteria, por exemplo). O
objetivo é minimizar substâncias residuais que podem interferir na avaliação.
A pesquisadora diz que um bom
limpador de palato deve aumentar a discriminação entre os produtos e reduzir os
efeitos de adaptação, isso é, reduzir a sensibilidade aos estímulos, por
exemplo doçura, acidez etc.
Ao provar vários cafés, algumas
pessoas também preferem beber água entre as amostras para facilitar o processo
sensorial de degustação.
Um estudo testou
algumas opções para a limpeza do paladar (bolacha cream cracker, água comum,
água com gás, incluindo não utilizar nada) numa degustação com o objetivo de se
avaliar a capacidade de discriminação das amostras.
Nenhuma das opções de limpeza do
paladar resultou em maior ou menor capacidade em discriminar as amostras. Os
autores foram diretos em afirmar que “essas observações sugerem fortemente que
qualquer eficácia na limpeza do palato é mais provável devido a um ajuste
mental que nos prepara para focar na próxima amostra do que em qualquer limpeza
física”.
Mesmo assim, Dra. Deliza não
desestimula o uso de produtos para limpar o palato e diz que sua utilização é
fundamental e não pode deixar de ser empregado nos estudos sensoriais, tanto
com avaliadores treinados quanto com consumidores.
“É fundamental pela função que têm
de reestabelecer o mesmo ambiente na boca antes de cada avaliação de amostra,
visando minimizar o efeito que os resíduos possam causar e, dessa forma,
influenciar a percepção do produto.”
A sensação de secura na boca
Frequentemente descrita em café, a
adstringência é uma sensação tátil, gerada pela redução da lubrificação na
boca, que resulta numa sensação de secura. É um atributo difícil de avaliar,
devido às características particulares da sensação.
Pode levar mais de 15 segundos
para se desenvolver completamente e permanecer por cerca de 5 minutos no
paladar. Fica cada vez mais difícil limpar a boca em exposições repetidas e
pode levar à fadiga.
Um limpador de palato, como a água
com gás, elimina ou minimiza o “acúmulo da sensação” durante várias degustações
e, assim, aumentaria a discriminação da adstringência entre as amostras. Outra
opção seria aumentar o intervalo de degustação entre amostras, mas ainda assim
não eliminaria a sensação residual.
Pesquisadores avaliaram
a utilização de diversos limpadores para aumentar a sensibilidade à
adstringência. Os resultados mostraram que o uso de água (mineral sem gás) ou
mesmo nada, como limpador de palato, facilitará a detecção de diferenças
sensoriais de adstringência.
Mas tem que ser água com gás?
Para muitas pessoas do público
geral mesmo ou especialistas não é necessário acompanhamento. Para outros,
beber água comum gelada tem um impacto superior do que água com gás antes ou
depois do café. Outros ainda recomendam água sem gás à temperatura ambiente.
O importante é a qualidade e o pH
da água, que deve estar entre 5,0 e 6,5. Por isso não se recomenda fazer ou
acompanhar o café com qualquer água, já que dificilmente se terá um controle
efetivo sobre essas variáveis. Por exemplo, a concentração de minerais e de
cloro e o pH da água da torneira impactam diretamente no “gosto da água” e,
portanto, interferem no sabor do café.
A Dra. Deliza explica que o café é
uma bebida ácida, que pode afetar adversamente o estômago e intestino. Por essa
razão, a água com gás alivia a indigestão e a irritação e, ao bebê-la, o
estômago recebe camada de proteção contra a acidez do café. E talvez essa seja
uma razão para as cafeterias oferecerem água com gás.
O refinamento da experiência
Aos poucos, as cafeterias prezam
pelos detalhes que tornam o consumo do café mais refinado.
Dhalton, que também é
sócio-proprietário da cafeteria Aviva Cafés,
diz que vem percebendo que diversas cafeterias servem cafés de baixa qualidade
acompanhados por água gaseificada.
Ele afirma que isso se tornou um
padrão cultural, onde parte dos consumidores associam a qualidade do café
servido no local simplesmente pelo fato de ser acompanhado de água gaseificada,
ou mesmo para o próprio estabelecimento ser melhor conceituado. Em diversas
cafeterias especializadas em cafés de alta qualidade, é servido o café sem ser
acompanhado por água gaseificada, mas sempre está à disposição aos clientes que
solicitarem.
Alguns estudos demonstram que a utilização da água com gás para limpar o paladar durante a degustação de café é algo pouco efetivo sob o ponto de vista da ciência. Em termos de saudabilidade, a água com gás antes do café pode contribuir para amenizar a percepção da acidez do café pelo nosso organismo.
Quando se fala em hospitalidade e
experiência, nota-se que os clientes vêm como positiva a presença do copinho
com água gaseificada com o café, agregando inclusive valor à bebida.
No final, o que vale é a
preferência de cada apreciador, contanto que a água não interfira na
experiência de se tomar uma bela xícara de café.
Fonte Imagem: https://sodacristal.com.br/beber-a-agua-com-gas-antes-ou-depois-do-cafe/
ESPAÇO PAULA E BEBETO: ÁGUA E CAFÉ (PARTE 1)
ÁGUA E CAFÉ: Depois do café deve beber água? E antes? Ir a um café faz parte do quotidiano de muita gente. Muitos fazem-no várias vezes por dia, outros em determinado momento do dia. Mas é comum as pessoas irem ao café pelo menos uma vez por dia. Seja antes do trabalho, num dos seus intervalos, depois do almoço ou depois de jantar, ou noutros momentos. Beber um café expresso faz parte do quotidiano de muita gente.
Quem vai ao café já pediu alguma
vez “um cafezinho, por favor, e um… copo de água”. São muitos os que pedem o
café desta forma, na companhia de um copo de água. Quem nunca pediu desta
forma, certamente que já ouviu alguém a fazê-lo. Mas será que isso faz bem à
saúde?
O hábito
Beber ou não beber água, antes ou
depois do café? Eis a questão!…
A resposta à questão pode levar a uma reflexão demorada, correndo-se o risco de até não se chegar a conclusão nenhuma. Muitos defendem que o copo com água que acompanha o café (muitas vezes, mas nem sempre, pois há quem rejeite fazê-lo) é frequentemente justificado como tendo o propósito de lavar a boca de impurezas; limpar as papilas gustativas, preparando-as para a degustação. E há especialistas que concordam…
Uma especialista
Georgia Franco de Souza é provadora profissional de cafés, sendo também mestre torradora da empresa Lucca Cafés Especiais. Por isso, revela-se uma fonte importante nesta matéria.
De acordo com a sua experiência e
conhecimento, a quantidade de água que normalmente acompanha a chávena de café
não é suficiente, pois é uma uma pequena dose. Por isso, explica: “Tal como
acontece com o vinho, a água entra como um acompanhamento do café. Por isso,
para nós, apenas aquela quantidade não é suficiente”.
O momento: beber antes ou depois?
Georgia leva em consideração o
valor da água, enquanto parte da refeição. Por isso, defende: “Achamos que a
água tem que ser tratada como um item na gastronomia. Ou seja, esta deve ser
degustada do mesmo modo que o café.”
A especialista defende que o ideal
seria o cliente pedir uma garrafa de água e ir bebendo pois, de acordo com a
especialista, não existe um momento certo para beber a água. Por isso,
aprofunda: ”Quando se senta para fazer uma refeição, não pensa se vai beber
água antes, durante ou depois. A água está ali, à disposição, para beber quando
quiser limpar o paladar, a qualquer momento.”
De acordo com a especialista, é
também importante perceber que a água escolhida tem influência na experiência
sensorial que representa beber café. A água escolhida deve ser pouco abrasiva;
e possuir uma maior concentração de bicarbonato, pois deixa uma sensação mais
suave na boca. Também deve ter uma menor concentração de sódio.
Texto extraído de: https://ncultura.pt/depois-do-cafe-deve-beber-agua-e-antes/
segunda-feira, 21 de novembro de 2022
ESPAÇO PAULA E BEBETO: CHANTILLY E CAFÉ: DELICIOSA COMBINAÇÃO
O café é apreciado no mundo afora. Seu aroma, textura e sabor são marcantes e versáteis. Já apresentamos aqui diversas maneiras de usar a criatividade para agregar o grão a diversas receitas. Mas hoje vamos falar sobre um acompanhamento, que conquistou as cafeterias e se harmoniza muito bem com o sabor da bebida: o chantilly!
Descoberto pelo chef francês François Vatel (1631-1671), que percebeu que o leite da região onde morava era mais gorduroso e adequado para ser batido, o creme de chantilly – que recebeu o mesmo nome da cidade francesa – é uma invenção culinária muito usada na confeitaria.
A pasta vaporosa e densa, feita a partir de leite e açúcar, se tornou um grande coringa na cozinha. Doces e bolos ganham mais sabor com a adição do chantilly. E a apresentação das sobremesas fica muito mais bonita com a presença do creme, muito utilizado na decoração.
Ao ser descoberto pelas cafeterias, o chantilly passou a acompanhar o café em suas mais diversas versões.
Quem prefere uma versão mais light, pode substituir o açúcar do chantilly por eritritol ou xilitol. O “chantilly fit” é uma ótima opção para os adeptos de dietas especiais, como a low carb, cetogênica e paleolítica, porque é uma deliciosa fonte de gordura e proteína!
Chantilly fit
Ingredientes:
300 gramas de creme de leite fresco
2 colheres de sopa de adoçante xilitol
Modo de preparo:
Bata o creme de leite fresco bem gelado com uma colher de adoçante na batedeira ou mixer até firmarem em ponto de chantilly. Cuidado para não passar do ponto para que o conteúdo não vire uma manteiga.
segunda-feira, 4 de outubro de 2021
ESPAÇO PAULA E BEBETO: CAFÉ LAPIANO - O ENCONTRO DO CAFÉ COM A CACHAÇA
Ingredientes
1 xícara de café expresso
1 colher de sopa de melado de cana
25 ml de cachaça
15 ml de leite vaporizado
domingo, 19 de setembro de 2021
ESPAÇO PAULA E BEBETO: O ENCONTRO DO CAFÉ COM CANELA
Contida dentro do pau de canela despretensioso está uma especiaria amadeirada e quente, apenas à espera para ser libertada nos sentidos. A canela não só é famosa por ser aromática e intensa, como é também uma das especiarias mais antigas do mundo, registada pela primeira vez no antigo Egito. Disponível tanto em pó como em pau, esta especiaria traz um toque quente a pratos doces e salgados.
ESPAÇO PAULA E BEBETO: O ENCONTRO DO CAFÉ COM LEITE
CULT COFFEE
Fonte Imagem: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/cafeteira-branca-e-prateada-N0qKzNAC7Go

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