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quarta-feira, 12 de junho de 2024

CAFÉ TURCO NO IBRIK: O QUE ESSA TRADIÇÃO TEM DE ESPECIAL?

 


Conhecido como o método de preparo mais antigo do mundo, o café turco guarda muito da cultura e história de seu país dentro de uma xícara intensa de café. 

A Turquia é um país riquíssimo em patrimônio histórico-cultural, e tudo isso atrai milhares de turistas todos os anos. É por isso que em 2019 foi o 6° país mais visitado no mundo, recebendo cerca de 51 milhões de turistas. 

Uma coisa é certa, quem passa por lá sem dúvida se depara com um chá ou um café turco e se encanta com a hospitalidade do país.

E como o Consciência Café adora falar de cafés diferentes, neste artigo vamos falar do café turco feito no ibrik e todas as suas particularidades. 


Sobre o café turco

Quando vimos sobre a história do café, notamos que a Turquia teve um papel fundamental para a popularização da bebida, aprimorando o seu preparo e fez dele um pano de fundo para diferentes interações sociais. 

Foi na antiga Constantinopla, atualmente Istambul, que surgiram no séc. XV as primeiras cafeterias, sendo a bebida vista ora como uma droga, ora como um causador de desavenças sociais. 

No entanto, as cafeterias ganharam seu espaço no país e contribuíram para tornar o café conhecido no mundo.

No séc XVI, para diminuir o tempo de preparo do café, os turcos inventaram o Ibrik. Geralmente é feito de metal, cobre, alumínio ou cerâmica. 

Ele tem um cabo longo, um “pescoço” longo e uma boca mais alargada, design que ajuda a aquecer facilmente a bebida e a evitar o vazamento do líquido.

A palavra turca ibrik significa jarra e é um termo muito usado no inglês para se referir a cafeteira turca, embora os turcos a chamem de cezve. 


A cultura do café na Turquia

Apesar dos desafios do café na história da Turquia, hoje é uma bebida tradicional no país, sendo um dos patrimônios culturais da humanidade, nomeado pela Unesco em 2013.

Tão forte é a cultura do café por lá, que ela faz parte do vocabulário do dia a dia do povo, de  rituais importantes como o de cortejo, e da hospitalidade turca.  

Contudo, o que vamos ressaltar aqui é que o café turco não é um grão de café, mas sim a sua forma singular de prepará-lo, como veremos mais a seguir. 


Café turco sendo preparado na brasa


Como é feito o café turco?

Antes de se popularizar na Turquia, o café era feito com o grão inteiro, sendo apenas torrado e depois fervido em água.

Porém, os turcos deram um jeito de aprimorar o seu preparo e passaram a moer o grão depois de torrado, e só depois ferver em água. Mas vamos aos detalhes de como ele é preparado:

1. Separe o grão de sua escolha

Como esse método costuma deixar o café bem encorpado e com forte aroma, os cafés especiais são uma boa pedida. Assim você poderá explorar ainda mais a complexidade de sabores que esses grãos oferecem. 

2. A moagem para o preparo precisa ser extra-fina

Ou seja, quase como um talco. Lembrando que algumas máquinas de moagem modernas já tem uma função própria para o café turco. 

3. Utilize o Ibrik para o preparo, e acrescente seus ingredientes

Neste típico recipiente turco você vai misturar 10g do seu café especial, em seguida, coloque 100 ml de água em temperatura ambiente. 

Mas deixe espaço no recipiente, para acrescentar mais água após a fervura. Mexa com uma colher só para desgrudar o café do fundo do ibrik.

4. Leve o ibrik ao fogo até a água ferver. 

Aqui tem uma curiosidade… De acordo com a cultura turca, é preciso ferver o café 3 vezes, enquanto se pensa em uma pergunta que queira saber sobre o seu futuro.

Após ferver, uma dica para baixar a borra do café é colocar um pouquinho de água gelada. Ele fica espumado, mas deve ser servido com a espuma mesmo em pequenas xícaras. 


Como o café turco é servido? 

Como esse método costuma deixar o café mais amargo, os turcos usam especiarias para disfarçar esse amargor, como a canela, cardamomo, açúcar ou anis estrelado. 

E para acompanhar servem uma água para limpar o paladar. Eles bebem em pequenas doses e devagar, pois este é um momento de degustação.

O melhor fica para o final. Lembra das perguntas que você pensou durante a fervura? Chegou a hora de ter as respostas. 

Segundo os turcos, o desenho que se forma na borra do café tem um significado e já existem até aplicativos para fazer a interpretação dessa prática, conhecida como cafeomancia. 


Café turco no ibrik sendo servido com especiarias


O que o café turco tem de especial?

Como o café no ibrik é preparado em alta temperatura, acaba extraindo compostos menos solúveis em água. Com isso, a bebida obtém um sabor mais intenso e com mais amargor. 

Outra característica forte é que o café turco não é filtrado, como resultado se tem uma bebida com mais cafeína e um sabor intenso que é sentido já no primeiro gole. 

Quem gosta de um café forte, é provável que vai apreciar o modo turco de fazer café. 


Texto extraído de: https://conscienciacafe.com.br/cafe-turco-feito-no-ibrik/
Fonte Imagem: https://conscienciacafe.com.br/cafe-turco-feito-no-ibrik/

segunda-feira, 21 de novembro de 2022

CAFÉ TURCO (TURKISH COFFEE): HISTÓRIAS E PREPARO DE UM MÉTODO MILENAR


Texto extraído de: 
https://perfectdailygrind.com/pt/2022/09/26/cafe-turco-historias-e-preparo-de-um-metodo-milenar/

O aroma do pó de café misturado diretamente na água fervida, sem qualquer filtro, desperta a casa de Nohad El Ain e do seu marido Osmar, em São Paulo, há muitos anos – desde a época em que suas filhas, Patrícia e Daniela, ainda moravam ali com eles, e nem tinham idade para saborear a bebida. “Esse perfume invade os cômodos e parece que chama as pessoas da família para se reunirem em volta da mesa”, conta a matriarca, descendente de libaneses e sírios.

Feito diariamente e servido com muito amor para as visitas — e agora também até para os netos (o de 12 anos pede para a avó!), o café turco (ou árabe, como Nohad prefere chamar) é uma herança valiosa para esta família. E eu comprovei, na prática, que, mais do que aguçar o paladar e acordar o corpo, ele tem tradição suficiente para despertar memórias sensoriais e afetivas milenares em quem decide prová-lo.

Nohad tem a receita do seu cafezinho delicioso anotada em uma velha folha de papel, e o texto escrito à mão revela o passo a passo de uma das formas mais antigas de se preparar cafés no mundo. É mais uma relíquia, porque o hábito fez o monge há muito tempo. “Aprendi com minha mãe, aos 9 anos, e já ensinei as minhas filhas desde pequenas”, conta. 

Eu fui convidada a trocar o meu espresso diário pelo cafezinho da dona Nohad e entendi por que o “turkish coffee” (como é mais conhecido mundialmente) é considerado Patrimônio da Humanidade pela Unesco.

São sempre muitas histórias (e curiosidades) por trás de uma xícara. E o PDG Brasil decidiu contar algumas delas aqui sob dois olhares bem especiais: o olhar carinhoso de uma mãe que faz questão de ensinar seu jeito de passar o cafezinho para as próximas gerações (e que ficou “famosa” por fazer o melhor café árabe da família!), bem como o de uma especialista, como Cleia Junqueira, diretora de cafés da Coffee Planet, nos Emirados Árabes Unidos, e juíza sensorial do WBC — que já experimentou e avaliou o café turco dos mais prestigiados e premiados baristas. 


Muitos nomes, o mesmo diferencial

O cafezinho ao estilo do que é feito na casa da Nohad também é servido desde 1555 nas casas e cafeterias da Turquia, da Grécia e em algumas regiões do Oriente Médio e norte da África. Por isso o café turco também é conhecido como café árabe ou marroquino ou até mesmo grego. Mas será que a variação dos nomes altera o produto? 

De acordo com a especialista Cleia Junqueira, o diferencial mais marcante em todos eles – em comparação com os nossos brasileiros espresso e coado, por exemplo – é basicamente o modo de preparo: “a longa infusão com o café em contato com a água até o ponto de fervura”. Mas ela ressalta que a moagem também costuma diferenciar os cafés turco, marroquino e grego do café árabe (preparado por Nohad).  

“Café turco (assim como suas variações de nome, grego e o marroquino) tem moagem bem fina como farinha de trigo. Já o café árabe tem moagem mais grossa, e a torra é bem clara, similar à canela em pó ou até mais clara que isso, dependendo da região”, explica. “O café árabe é mesmo mais leve, e o aroma permanece em nosso paladar”, completa Nohad, lembrando que em sua primeira experiência de preparo, aos 9 anos, ela acabou deixando a bebida bem aguada e que precisou de treino para acertar a quantidade de água. 



Utensílios que fazem a diferença

Similar à cafeteira italiana (aquela que vai direto na boca do fogão para preparar e servir o café forte que os italianos gostam), há também uma versão desse tipo de utensílio para o preparo do café turco. É o Ibrik, que pode ser de metal (geralmente cobre) e de cerâmica. Mais bojudo e baixinho do que a italiana e com um cabo comprido, parecido com o de uma panelinha, essa cafeteira costuma ser bastante indicada para uso doméstico e, dependendo do material, costuma ter um custo relativamente baixo. 

Cleia Junqueira lembra que com o Ibrik é possível fazer o café turco à moda antiga. “É possível usá-lo na areia quente ou até em um fogareiro pequeno pelo fácil manuseio. Mas, claro, também pode ser substituído por uma leiteira pequena”, garante. Nohad dá outra dica. 

Ela prepara o cafezinho árabe no bule e, na hora de servir, não dispensa outros dois utensílios: a bandeja árabe da família, que já é uma tradição, além de seus jogos de xícaras delicadas e específicas para esse tipo de preparo – porque ajudam a assentar e manter a borra de café no fundo. Também ensina: “o café árabe é servido muito quente. Precisa ser tomado devagar, degustado. Assim, enquanto esfria, dá tempo de o pó baixar mais um pouco”.




Aromas, sensações e sabores únicos

O preparo diferente do que muitos de nós brasileiros estamos acostumados, seja em casa ou mesmo nas cafeterias (difícil encontrar as especializadas), faz com que a experiência com os cafés turco/árabe seja uma viagem sensorial e até mística, do começo ao fim. 

Uma aventura para olfato, paladar e mente, desde o perfume da mistura do café na água fervida (ainda mais se acompanhada de algumas especiarias), passando pelo ritual de aguardar para que a maioria do pó desça ao fundo do Ibrik ou do bule até a hora de saborear um pouco do pó nas papilas gustativas e também de notar os desenhos inusitados que a borra do café forma no fundo das xícaras. 

Sobre este último item, aliás, existem até especialistas na arte milenar de interpretar essas imagens (cafeomancia) e de usar as borras em tatuagens.

A filha mais velha de Nohad, a fonoaudióloga Patricia Di Risio, que não resistiu e foi tomar o café que a mãe dela preparou especialmente para essa reportagem, conta que sua família não tem conhecimento sobre essa leitura da borra, mas eles não deixam de dar uma olhada. “De vez em quando, nossa família se diverte com alguns formatos curiosos”, conta.

E o melhor: como cada família tem um segredinho na receita que só é passado entre as gerações, cada experiência com a bebida pode ser mesmo única. Por exemplo, a melhor sensação é com açúcar ou sem? O ideal é acrescentar ou não especiarias muito utilizadas no preparo, como cardamomo, canela e anis estrelado? 

Para Cleia, não há certo nem errado. “Tudo depende do costume, da tradição familiar”, resume. Mas talvez uma grande preocupação de quem está começando a experimentar esse tipo de café seja mesmo a escolha do pó (de preferência ultrafino e moído na hora). 

“Café turco em geral leva café do tipo Rio Minas na composição do blend. O sabor químico medicinal e fenólico agrada ao paladar de quem está habituado a essa bebida. Árabes moem o café em casa ou pedem para o pessoal moer nas cafeterias próximas. Em São Paulo, o Empório Santa Luzia tem café turco para vender. Hoje em dia, aliás, existem cafés especiais, com a torra mais clara, como os turcos torram. Eu gosto desses”, revela a especialista. 



Fonte Imagem: https://perfectdailygrind.com/pt/2022/09/26/cafe-turco-historias-e-preparo-de-um-metodo-milenar/


segunda-feira, 14 de novembro de 2022

O CAFÉ TURCO


Considerado Patrimônio Cultural da Humanidade desde 2013, pela UNESCO, o Café Turco tem o início de sua história entre os séculos XV e XVI.

Registros árabes do séc XVI contam que as primeiras Casas de Café em Constantinopla (atual cidade turca de Istambul) surgiram por volta de 1554 e logo se tornaram uma tendência. Esses estabelecimentos eram rica e confortavelmente decorados com suntuosos sofás, tapetes e almofadas. Recebiam intelectuais, amantes de xadrez e outros jogos e eram entretidos com contadores de estórias. poetas, músicos e dançarinos. Tais cafeterias cresceram em número e abrigaram membros de diversas classes sociais e com diferentes interesses – “networking”, ciência, arte e diversão.

A bebida já era um hábito. Os turcos a consumiam tanto em casa quanto nas cafeterias. Dizia-se que em Constantinopla se gastava tanto com café quanto com vinho em Paris.

A medida em que o café se desassociava dos rituais religiosos, as Casas de café – Qahveh Khaneh – se espalhavam por todo o Oriente Médio. Pequenos estabelecimentos que só preparavam e vendiam a bebida e até mesmo ambulantes estavam por todos os lados.

Nenhuma interação social estava completa sem um café, que era servido em barbearias antes de um corte de cabelo, por comerciantes antes de qualquer negociação, entre amigos e em banquetes formais. Não havia sequer uma casa de ricos ou pobres, turcos, judeus, grecos ou armênios, em que não se tomasse ao menos duas xícaras de café ao dia.

Não há dúvida que Constantinopla foi o berço de muitos dos hábitos relacionados ao consumo de café que até hoje mantemos no nosso dia a dia.

No início, o café era preparado com o grão inteiro sendo torrado em pratos de metal e depois fervidos em água. Com o aumento da demanda e com o interesse em se obter cada vez mais uma bebida melhor, o café depois de torrado passou a ser moído para ser fervido com a água. Nascia assim o famoso Café Turco que em 2013 passou a integrar a lista de Patrimônio Cultural da Humanidade, pela UNESCO.

O Café Turco é preparado com o pó de café finamente moído (pulverizado) com água em um recipiente especial chamado ibrik, tradicionalmente feito de cobre.  A água com o pó é fervida (com ou sem açúcar) e depois a mistura é colocada numa xícara sem que seja filtrado. Antes de beber, deve-se esperar alguns minutos para que o pó decante no fundo da xícara. A bebida é tomada até que se sinta os primeiros traços de pó nos lábios. Algumas especiarias, como cardamomo, anis estrelado e canela também podem ser acrescentados para incrementar o sabor da bebida.

Mas a tradição do café Turco não para por aí. A borra do café que fica no fundo da xícara pode ser usada para a leitura da “sorte”. Depois que o café é bebido, a xícara é virada ao contrário no pires para que a borra se espalhe e esfrie. As “imagens” formadas na louça são então lidas, num processo chamado de Kahve Fali ou cafeomancia.




Texto extraído de: https://carneiroalimentos.com/o-cafe-turco/
Fonte Imagem: https://carneiroalimentos.com/o-cafe-turco/

 

quarta-feira, 4 de abril de 2018

CAFÉS, COMO EXTRAIR - CAFÉ TURCO



Quem já tomou sabe que seu sabor é talvez tão ou mais intenso que o espresso, não há filtros envolvidos, a água e o pó ficam bastante tempo em fusão na chaleira, e o preparo é aquecido até que o pó decante para o fundo. É preciso técnica para sentir o momento certo de servir, e apesar de decantar, parte da borra vai para a xícara, daí a milenar leitura da borra, já viram?

Segundo a cultura, o desenho formado na borra de café residual na xícara diz muito sobre quem tomou a bebida, seu passado, futuro e etc.
Para saber como fazer, clique aqui.



Fonte:
http://www.suacasasuafesta.com.br/

CULT COFFEE

  Fonte Imagem: https://unsplash.com/pt-br/fotografias/cafeteira-branca-e-prateada-N0qKzNAC7Go