Embora isso possa causar uma certa
repulsa inicialmente, há um motivo para ele ser produzido assim.
A história do café do jacu
A história do café jacu se inicia
na Fazenda Camocim, no interior do Espírito Santo. A relação entre a fazenda e
os jacus, ave natural da região, hoje é muito amigável, mas nem sempre foi
assim.
Antes deles aprenderam a coabitar,
as aves eram um verdadeiro problema para o café produzido na Camocim. Elas
atacavam os cafezais e devoravam os seus frutos, destruindo uma parte da
colheita e causando grandes prejuízos.
Buscando alternativas que não
fossem o extermínio das aves, o dono da fazenda teve uma ideia inusitada ao
lembrar do processo de produção do café mais caro do mundo e se deparar
com uma situação parecida com a sua.
O Kopi Luwak, como é chamado esse
café, é produzido a partir de grãos de café extraídos das fezes de uma espécie
de Gambá selvagem da região da Sumatra, que assim como o jacu, um dia já foi considerado
uma praga para os produtores da região.
Tudo mudou quando os produtores
perceberam que a digestão do animal expelia o grão inteiro e concedia ao café
características excepcionais. Dessa forma, é possível prepará-lo
normalmente e obter um café
diferente de qualquer outro.
Ao perceber que o mesmo acontecia com a digestão do jacu, esse fazendeiro resolveu adaptar o processo de produção à sua realidade. Assim nasceu o café do jacu.
A produção de um dos cafés mais exóticos do mundo
A produção do café do jacu é
diferente de qualquer outro café no Brasil porque inclui uma ave nesse
processo. Tudo começa com o jacu, que ao atacar os cafezais, não apenas come os
grãos como seleciona os melhores, ou seja, os mais saudáveis e maduros para
ingerir.
Do seu processo digestório é que vem o segredo e o diferencial do produto. Ao ingerir o café, o organismo do pássaro, que não tem estômago, aproveita apenas a polpa e a casca do grão, eliminando-o intacto. Além disso, a digestão do animal deixa o café com um sabor único.
A colheita desses grãos é feita no pé das árvores, onde as aves deixam seus dejetos. Logo eles são encaminhados para um processo de limpeza e depois são torrados e moídos.
O café mais caro do Brasil
Como o jacu é uma espécie ameaçada
de extinção, ele não pode ser preso e nem reproduzido em cativeiro. Sendo
assim, toda a produção desse café depende que a ave coma naturalmente os grãos.
Isso torna a produção limitadíssima e justifica o preço bastante elevado do
produto, que pode custar cerca de 30 vezes mais que o café tradicional.
Os sabores do café do jacu
Não é só café! É um café com história e cultura. Algo que é nosso, valorizando sempre a tradição e a expertise brasileira na produção do grão! Vale a pena experimentar.
Com certeza, muita gente do seu círculo de amizades não conhece o café do jacu! Então compartilhe agora mesmo com seus amigos em suas redes sociais essa história curiosa e fascinante.
Café e ecologia
Em função dessas leis que protegem
essa espécie, não é permitido caçar, tampouco prendê-los para
criá-los em cativeiro. Isso dificulta a produção do café do jacu, já que é
impossível alimentar as aves em gaiolas para depois colher os grãos nos
dejetos.
Por outro lado, essa dificuldade favorece os hábitos naturais das aves, ajudando a perpetuar a espécie.
Dessa
forma, além de produzir um café de sabor único no mundo e vendê-lo a preços excelentes
no mercado exterior, a Fazenda Camocim cumpre o seu papel ecológico,
preservando os jacus da região em uma produção biodinâmica, sustentável
e saudável.
Texto extraído de: https://blog.trocodocafe.com.br/melhores-do-mundo-voce-conhece-o-cafe-do-jacu/
Fonte Imagem: https://blog.trocodocafe.com.br/melhores-do-mundo-voce-conhece-o-cafe-do-jacu/
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