Da fazenda da IP, localizada no sul de Minas Gerais, saem cafés premiados e comercializados em mais de 40 países
Fazenda IP, no Sul de Minas
Gerais, uma das fornecedoras da Nespresso
Lembre de George Clooney falando what else? na
campanha mundial da Nespresso. O charme derramado pelo garoto propaganda da
marca é a parte visível de uma cadeia que se inicia em fazendas de diversas
partes do mundo. Dentre as quais, o Sul de Minas Gerais. A região possui
atributos naturais para ser a referência que é, como a altitude de mais de 1,3
mil metros acima do nível do mar.
A fazenda IP, em Carmo de Minas, é uma das fornecedoras do café vendido em forma de cápsulas. De lá, saem produtos premiados e comercializados em mais de 40 países. Há uma conexão entre as fazendas e o glamour do café vendido em boutiques pelo mundo. E este fio tem história.
Uma das fazendas fornecedoras ilustra. O dono, Luiz Paulo Pereira, é herdeiro. Seus pais já viviam do café como sucessores de seus avós. A sucessão levou ao atual Grupo Sertão. Luiz Paulo toca as operações com mais três sócios. O grupo tem outra fazenda, homônima. Controlam também empresa de torrefação, exportadora e duas cafeterias Unique. Nela vendem o café que produzem, da marca Carmo Coffees.
O grupo exibe com orgulho o prêmio "Cup of Excellence". Afere a qualidade com pontuação. A dele foi recorde. "É a maior pontuação de café do mundo: 95,85 pontos", serve Luiz Paulo. A nota é assinada pela Specialty Coffee Association (SCA). Vai de zero a 100 e mede dez aspectos do café. Por exemplo, o cheiro, a doçura e acidez.
Para ser considerado especial, tem de passar dos 80 pontos. Com a nota alta, ganharam vigor para se tornar fornecedores da Nespresso em 2011. De cada 10 sacas produzidas, três são vendidas para a empresa suíça.
No caso deles, a companhia é um cliente que agrega. Compra café e divide conhecimento. A companhia tem um programa chamado AAA, pelo qual estabelece com as fazendas uma série de práticas, desde o plantio até a colheita. O responsável por liderar o programa é Guilherme Amado.
Segundo ele, no escopo do AAA, metas não apenas de qualidade, mas também de sustentabilidade e produtividade. "Na sustentabilidade, nós trabalhamos aspectos sociais e ambientais nas fazendas, que vão desde cumprir a legislação trabalhista e a legislação de saúde e segurança que se chama NR 31, que é extremamente exigente, inclusive com o uso de EPI (equipamento de proteção individual)", diz Guilherme. Na parte ambiental, com novo Código Florestal, exigem áreas de preservação permanente.
O modelo é aplicado em 1.200 fazendas em Minas e
São Paulo. O time de suporte é composto por 15 engenheiros-agrônomos. Em todo o
mundo, são 100 mil fazendas, em 13 países. O Brasil é o maior fornecedor de
café verde. Na região, só compram a variedade bourbon.
A operação é global, são 700 lojas em 70 países, e assim a empresa definiu variedades específicas para garantir fornecimento constante e uniformidade, afirma Guilherme. No Sul de Minas, por exemplo, a Nespresso só compra o bourbon.
"A mágica é comprar sempre da mesma fazenda, do mesmo produtor, da mesma região, ano após ano". Não há contrato de exclusividade com as fazendas. A empresa começou a comprar no Brasil em 2005. Paga 30% a 40% acima do valor de Mercado. Dinheiro na mão do produtor no ano posterior, antes da colheita seguinte.
Texto extraído de: https://www.oxereta.com/noticia-1567444493-de-onde-vem-o-cafe-das-capsulas
Fonte Imagem: https://www.oxereta.com/noticia-1567444493-de-onde-vem-o-cafe-das-capsulas
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