Inaugura aqui a série "Cotidiano - Antigas Padarias". Trata-se de uma singela homenagem a estas pessoas empreendedoras e seus belos estabelecimentos que marcaram um tempo.
Começo pela "Padaria e Confeitaria Alemã" da cidade de Itu, São Paulo. Fiquei maravilhado com a beleza das fotografias da época, a arquitetura, o "design" interior que emociona. De tirar o fôlego...
Ao passear pelas fotos, preste atenção nos pequenos detalhes, nas pessoas, nos móveis, no equipamentos e utensílios. Arte do cotidiano do chão ao teto... Memória na parede da lembrança...
Max Steiner fundador com a esposa Rosalina e os filhos no interior da padaria, restaurante na década de 1920
Em 1902, na cidade de Itu, o imigrante alemão Adolf Steiner, no Brasil desde 1889, abre juntamente com seu filho Max, a Padaria e Confeitaria Alemã.
É nesta padaria que Max, depois do expediente de trabalho, reúne seus amigos para apreciar as bebidas de sua terra natal: a Cerveja e o Steinhäger. Para acompanhar as bebidas, Max preparava sua especialidade, o Bife do Steiner: um delicioso corte de carne frito na manteiga e acebolado, com molho de tomate.
Na década de 30 eram tantos os apreciadores do Bife do Steiner, que Max, sempre atento à demanda, agrega à Padaria um Bar e Restaurante. É nesta época que a Antártica lança seu chope e o estabelecimento de Max se torna o único do interior do estado a ter o Chope Antártica e passa a ser mais um diferencial, pois o chope era um produto raro.
Quando Max completa 70 anos, passa ao seu filho Paulo, o Paulito, a gerência do Bar. Nesta época nos anos 50, além do Bife do Steiner, o Bar do Alemão, como passou a ser chamado pelo público, oferecia outra delícia aos seus clientes: o "Orelha de Elefante", um tenro bife de filet mignon à milanesa.
É nesta década de 50 que um cliente, ao provar um "Orelha de Elefante", disse que o bife era um pouco seco para seu paladar.
Os filhos de Paulito, Marcos Netto e Paulo Jr. resolvem esse problema de uma maneira primorosa, acrescentando molho de tomate à receita. Mas os irmãos achavam que ainda faltava algo para transformar o prato em um verdadeiro clássico gastronômico e descobrem o que faltava em uma ida à cidade de São Paulo: o queijo das tradicionais parmegianas italianas.
Esta receita, saborosíssima, aliada ao generoso corte de carnes selecionadas com atenção, fez da Parmegiana do Bar do Alemão a mais conhecida e apreciada Parmegiana do Brasil.
Nos anos 60, deixa de funcionar a padaria, passando o Bar e Restaurante a ser o centro das atenções da terceira geração da família, o qual Marcos Netto e Paulo Jr. modernizam o Bar do Alemão, com uma reforma que tornou o ambiente ainda mais acolhedor.
Rosalina Steiner, esposa do fundador no balcão da padaria
Rosalina Steiner com a filha no balcão da padaria
Vista da casa de máquina da padaria
Fachada do restaurante, padaria na década de 1930
Casa da família Steiner Endwawer, município de Teltow, província de brandemburgo
Paulo Steiner Júnior com o amigo Roberto no balcão do restaurante
Fregueses em frente ao balcão do restaurante
Max Steiner com os netos
Marcos Steiner Netto e Paulo Steiner Júnior no caixa do restaurante
Fonte:
http://m.bardoalemaosp.com.br/#!/historia
Fonte das Figuras:
http://m.bardoalemaosp.com.br/#!/fotos
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