quarta-feira, 27 de março de 2019

CINCO EXEMPLOS DO RECONHECIMENTO INTERNACIONAL DO CAFÉ BRASILEIRO

O nome “Brazil” é cada vez mais comum nas embalagens e nas cartas de cafés ao redor do mundo
Durante muito tempo o café brasileiro foi considerado de baixa qualidade. Graças ao trabalho dos cafeicultores, organizações, pesquisadores e outros profissionais da cadeia produtiva, isso está mudando.

Para saber mais sobre as causas da má reputação do café nacional e como ela foi superada, leia o artigo Do Café Rio aos Microlotes Especiais.

A mudança fica evidente quando se observa o reconhecimentointernacional dos grãos brasileiros. Nosso país é o principal fornecedor de grandes empresas que adotam padrões elevados de qualidade.

Brasil: país do café

Ele também desponta como fornecedor de grãos para edições especiais das grandes e microlotes, vendidos por cafeterias de terceira onda. Para entender o que é a terceira onda do café, leia este relatório.

Você verá a seguir cinco exemplos do reconhecimento do café brasileiro no exterior.

1. Nespresso

Atualmente, o Brasil é o maior fornecedor da Nespresso. A companhia suíça é líder mundial em venda de café em cápsulas. Suas máquinas são comercializadas como equipamentos sofisticados para quem gosta de apreciar um bom café.

A empresa afirma que apenas 1% ou 2% de todo o café colhido no mundo atende aos seus parâmetros de qualidade.

O café brasileiro é utilizado em blends da Nespresso e na cápsula de origem única "Dulsão do Brasil"
Imagem: Nespresso

2. illycaffè

A tradicional torrefadora italiana também possui o Brasil como principal fornecedor. O café nacional é fundamental na composição do blend comercializado pela empresa. Nos anos 1990, a illycaffè foi a primeira torrefadora internacional a valorizar o grão brasileiro por sua qualidade.

Imagem: illycaffè




3. Lavazza

Recentemente, a Lavazza lançou uma nova linha de cafés, a iTierra!, que usa grãos certificados. Para o setor de hotéis e restaurantes, a torrefadora desenvolveu um blend 100% brasileiro, com selo Rainforest.

Imagem: Lavazza




4. Edições especiais

O café brasileiro tem sido utilizado em várias edições especiais das grandes torrefadoras. Elas são comercializadas no mundo todo e levam muitos consumidores a terem contato, pela primeira vez, com um café 100% brasileiro.

Imagem: Nespresso

A Nespresso lançou o “Cafezinho do Brasil”, um blend com grãos de Minas Gerais e Espírito Santo. Para as máquinas Nescafé Dolce Gusto, foi lançado o “Catuaí do Cerrado” que, como o nome já diz, foi desenvolvido com grãos da variedade Catuaí cultivados no Cerrado Mineiro.

Imagem: Nestlé

Por sua vez, a Starbucks lançou o “Brazil Nova Resende”, elaborado com grãos de 74 pequenos cafeicultores do município de Nova Resende, MG. A edição faz parte da linha Starbucks Reserve, que a companhia norte-americana utiliza para vender produtos de alta qualidade.


Imagem: Starbucks


5. Cafeterias de Terceira Onda

Estamos em um momento muito promissor para a qualidade do café. O consumidor entende cada vez mais sobre ela, e várias cafeterias se especializaram em garimpar cafés de altíssima qualidade, produzidos em pequenas quantidades. É a chamada “terceira onda do café”.

Microlotes produzidos em fazendas brasileiras já são encontrados em muitas cafeterias de terceira onda, espalhadas pelo mundo. Eles são comercializados com informações como o nome do produtor, a altitude da lavoura, variedade, tipo de secagem e outras.

Microlote Água Preta, produzido na Fazenda Santa Inês, MG, à venda na Intelligentsia, dos EUA

São lojas com elevado padrão de qualidade que vendem o café para consumidores sofisticados e exigentes. Nelas, os grãos brasileiros dividem espaço com outros, de origens reconhecidas há muito mais tempo.

Microlote do Sítio Canaã, pequena propriedade no município de Caconde, SP, à venda na Sample Coffee Roasters, da Austrália


Conclusão

O café brasileiro já conquistou grandes torrefadoras. O país tem capacidade para abastecer o mercado com quantidade, qualidade e consistência, o que é muito atrativo para empresas que compram grandes volumes.

Apesar de ainda não serem muito comuns, os microlotes brasileiros também estão ganhando seu espaço no mercado internacional.

Mesmo com toda essa evolução, a imagem do nosso café ainda é negativa para muitos. Mas ao invés de lamentar, várias organizações e empresários enxergaram uma oportunidade. Que outros se juntem a eles.


Fonte:
https://coffeeinsight.com.br/cinco-exemplos-do-reconhecimento-internacional-do-caf%C3%A9-brasileiro-39cf4393aadc

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