No final de 2019 já se via por aí
algumas micro cafeterias com serviço de grab and go, como a The
Coffee. E outras ainda antes, como a The Little Coffee Shop, em São Paulo. Essa
tendência das micro cafeterias já vinha se consolidando e os tempos atuais de
pandemia e isolamento social reforçaram esse modelo de negócio.
Como chegamos nessa solução?
A Starbucks
A Starbucks promoveu – ou reforçou – os espaços das cafeterias como um
lugar de estar. E ficar. O conceito que espalhou a rede pelo mundo tinha a
proposta de servir algo super personalizado. São milhares de opções e, não à
toa, cada copo leva o nome próprio do cliente. E foi além: construiu espaços
amplos para que as pessoas pudessem conviver, estudar e trabalhar.
Já nos anos 2000 esse conceito foi se modificando. Os cafés especiais
reforçaram a necessidade de um serviço mais detalhado, que explicasse para o
cliente a origem dos grãos, os métodos de preparo dos cafés e que difundisse
novos drinques, adequando toda a experiência do cliente em uma conversa
precisa com o barista.
Novos empreendedores entusiastas se lançaram nesse universo. O tamanhos
das cafeterias foi diminuindo para viabilizar o negócio, mas o cardápio de
cafés e métodos aumentou. Isso graças a uma equipe extremamente especializada e
treinada.
Na medida em que o consumidor se modifica, os negócios se adaptam.
Quando um público já formado e apreciador de cafés especiais não precisou mais
do precioso discurso dos baristas, ele passou a desejar um café bem tirado e ao
seu gosto.
As micro cafeterias
Isso significou que as cafeterias continuaram precisando de uma mão de
obra super especializada, mas abriu precedentes para que todo o ritual de tomar
café na cafeteria pudesse ser simplificado para esse público já cativo.
E, acredito, daí veio a tendência das micro-cafeterias.
Em anos de pandemia como o que estamos vivendo, o modelo veio muito a
calhar e por isso tem se espalhado. Além de atender aos consumidores de cafés
com rapidez e qualidade correspondente ao prometido, mantém estruturas enxutas,
cardápios objetivos e serviço eficiente.
O que esperar?
Fica a questão do que vem pela frente. Teremos expulsado de vez os
nossos clientes dos salões das cafeterias em substituição ao que é
bom-prático-possível? Ou depois que tudo isso acabar, poderemos enfim voltar a
desfrutar dos espaços de convívio de uma cafeteria especializada?
Aguardemos.
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