Com a crise do
novo coronavírus, estabelecimentos tiveram que estruturar serviço de entrega às
pressas e garantir capital de giro. Conheça exemplos de quem já conseguiu se
adaptar
Os 10 mil ímãs
de geladeira estampados com os números de telefone e de WhatsApp do empório
Armazém Confiança tinham acabado de ficar prontos quando, em meados de março,
foi decretada a quarentena no Estado de São Paulo,
determinando que a população fizesse isolamento social, ou seja, só sair às
ruas em caso de extrema necessidade, e que o comércio só funcionasse se
considerado serviço essencial, como alimentação e medicamentos.
Daniel Alves, dono do empório, que fica em Pinheiros, zona
oeste de São Paulo, estava se estruturando para começar a oferecer o serviço de entregas em
um mês quando viu que precisaria começar a entregar já no dia seguinte. A
inscrição na plataforma do aplicativo de entregas iFood já estava feita, mas
ainda faltava treinar os funcionários, organizar as embalagens e fazer o marketing digital para divulgar a
novidade.
Os funcionários
passaram a ser treinados em tempo real e as embalagens começaram a sair sem a
identidade visual da loja. E nem foi preciso fazer a ação de divulgação, já que
os próprios clientes procuraram o serviço espontaneamente e, após duas semanas
em operação, os pedidos para entrega faziam fila na loja, assim como os
motoboys na calçada.
Como o Armazém vende alimentos e bebidas, assim como produtos
de limpeza e higiene pessoal, Alves viu os pedidos crescerem exponencialmente,
e, de acordo com ele, com um tiquete médio maior que o usual. No início de
abril, o delivery já representava 40% do
faturamento do empório aberto há pouco mais de nove meses.
O desafio de Alves está sendo acertar a demanda. As compras semanais para
abastecimento acabaram virando diárias. E, mesmo após o auge da crise, ele
pretende não só manter o serviço de delivery como se prepara para investir em um
aplicativo próprio com entregas feitas em parceria com a Loggi.
“A demanda na região é alta, só observar a quantidade de
entregas que faz a padaria da esquina. O bairro tem uma população de alto poder
aquisitivo e oferecer o serviço de delivery será cada vez mais básico para os
estabelecimentos”, avalia.
Os aplicativos consultados – iFood, Rappi e UberEats – não
revelaram qual o número de estabelecimentos que se credenciaram ou reativaram
suas contas depois do início da crise. A Rappi informou que identificou “um
aumento significativo no número de pedidos de supermercado”.
Texto extraído de: https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2020/05/delivery-empreendedores-contam-como-se-adaptaram-nova-realidade.html
Fonte imagem: https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2020/05/delivery-empreendedores-contam-como-se-adaptaram-nova-realidade.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário