sábado, 27 de março de 2021

DELIVERY: EMPREENDEDORES CONTAM COMO SE ADAPTARAM À NOVA REALIDADE

Com a crise do novo coronavírus, estabelecimentos tiveram que estruturar serviço de entrega às pressas e garantir capital de giro. Conheça exemplos de quem já conseguiu se adaptar
 

Marcos Martins, proprietário do Mar de Café: estabelecimento é um dos que vêm se adaptando às vendas na quarentena (Foto: Ricardo Matsukawa / Ricardo Yoithi Matsukawa-ME / Sebrae-SP)


Os 10 mil ímãs de geladeira estampados com os números de telefone e de WhatsApp do empório Armazém Confiança tinham acabado de ficar prontos quando, em meados de março, foi decretada a quarentena no Estado de São Paulo, determinando que a população fizesse isolamento social, ou seja, só sair às ruas em caso de extrema necessidade, e que o comércio só funcionasse se considerado serviço essencial, como alimentação e medicamentos.

Daniel Alves, dono do empório, que fica em Pinheiros, zona oeste de São Paulo, estava se estruturando para começar a oferecer o serviço de entregas em um mês quando viu que precisaria começar a entregar já no dia seguinte. A inscrição na plataforma do aplicativo de entregas iFood já estava feita, mas ainda faltava treinar os funcionários, organizar as embalagens e fazer o marketing digital para divulgar a novidade.

Os funcionários passaram a ser treinados em tempo real e as embalagens começaram a sair sem a identidade visual da loja. E nem foi preciso fazer a ação de divulgação, já que os próprios clientes procuraram o serviço espontaneamente e, após duas semanas em operação, os pedidos para entrega faziam fila na loja, assim como os motoboys na calçada.

Como o Armazém vende alimentos e bebidas, assim como produtos de limpeza e higiene pessoal, Alves viu os pedidos crescerem exponencialmente, e, de acordo com ele, com um tiquete médio maior que o usual. No início de abril, o delivery já representava 40% do faturamento do empório aberto há pouco mais de nove meses.

O desafio de Alves está sendo acertar a demanda. As compras semanais para abastecimento acabaram virando diárias. E, mesmo após o auge da crise, ele pretende não só manter o serviço de delivery como se prepara para investir em um aplicativo próprio com entregas feitas em parceria com a Loggi.

“A demanda na região é alta, só observar a quantidade de entregas que faz a padaria da esquina. O bairro tem uma população de alto poder aquisitivo e oferecer o serviço de delivery será cada vez mais básico para os estabelecimentos”, avalia.

Os aplicativos consultados – iFood, Rappi e UberEats – não revelaram qual o número de estabelecimentos que se credenciaram ou reativaram suas contas depois do início da crise. A Rappi informou que identificou “um aumento significativo no número de pedidos de supermercado”.


Texto extraído de: https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2020/05/delivery-empreendedores-contam-como-se-adaptaram-nova-realidade.html
Fonte imagem: https://revistapegn.globo.com/Administracao-de-empresas/noticia/2020/05/delivery-empreendedores-contam-como-se-adaptaram-nova-realidade.html


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