Um pão doce com fragrância de
baunilha, recheado com frutas secas. O panetone parece simples, mas suas
histórias envolvem diversas lendas e um mistério: Por que essa iguaria virou
sinônimo de Natal em quase todo o mundo?
Origens lendárias
Não existe consenso sobre a origem do panetone. Algumas lendas versam sobre padeiros apaixonados que inventaram a receita para conquistar a amada, ou figuras atrapalhadas que trocaram os ingredientes por acidente e fizeram mágica. Em comum, apenas a data – entre os Séculos XV e XVI – e o nome do criador: Toni, ou Antonio, de onde derivaria o “pani de Toni”, ou panetone.Ainda assim, pesquisadores rechaçam essa etimologia, alegando que o apelido “Toni” surgiu apenas depois da Segunda Guerra Mundial.
De Milão para o mundo
Entre mitos e verdades, o que se sabe é que o panetone nasceu em Milão, na Itália. E o mais certo é que seu nome venha de “pane tonico”, que significa pão fortificante, pois, na Idade Média, o pão era nutricionalmente pobre, e as frutas secas reforçavam o alimento.De Milão, o panetone se espalhou
pela Itália – ao Norte, pelos Alpes, e ao Sul, pela Sicília. Aos poucos, ficou
conhecido mundialmente. No Brasil, o panetone chegou após a Segunda Guerra
Mundial, com os imigrantes italianos.
Acompanhando os fluxos
migratórios, o panetone transformou-se em um dos alimentos prediletos no Natal.
Mas, na Itália, existem campanhas que defendem seu consumo durante o ano
inteiro, no maior estilo “é bom demais para desfrutar tão pouco”.
E não é por menos: a Itália
controla a qualidade de seus panetones com uma produção regulamentada em lei.
Os ingredientes que devem ser utilizados são apenas farinha, sal, açúcar, ovos,
nata e frutas cristalizadas – que devem compor, no mínimo, 20% do produto.
Fonte Imagem: https://g1.globo.com/pr/parana/especial-publicitario/festval/noticia/2016/12/italia-dos-melhores-panetones.html